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CIDADES

Atual política de preços da Petrobrás só favorece importadores e onera o brasileiro

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“O preço que estamos pagando na bomba hoje, seja de gasolina ou diesel, é o preço que o brasileiro estaria pagando caso não tivessem acontecido a campanha do ‘Petróleo é Nosso’, a criação da Petrobrás, a construção de um parque de refino e a descoberta de petróleo no Brasil”, afirma em entrevista para o Petronotícias o vice-presidente da AEPET, Felipe Coutinho e aponta caminhos para o preço justo dos combustíveis. A entrevista foi publicada no dia 08/03.

Leia a seguir a entrevista de Coutinho na íntegra:

O Petronotícias abre o noticiário desta semana debatendo o mercado de combustíveis do país, assunto que ganhou os holofotes desde a mudança no comando da Petrobrás. A política de preços da estatal tem sido um dos pivôs dessas discussões, por desencadear sucessivos reajustes e abrir mercado para os importadores. Para conversar sobre essa situação, entrevistamos o presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás (Aepet), Felipe Coutinho, que afirma que a petroleira é capaz de abastecer o mercado nacional com valores menores do que os praticados atualmente. “O preço que estamos pagando na bomba hoje, seja de gasolina ou diesel, é o preço que o brasileiro estaria pagando caso não tivessem acontecido a campanha do ‘Petróleo é Nosso’, a criação da Petrobrás, a construção de um parque de refino e a descoberta de petróleo no Brasil”, afirmou. Coutinho acrescenta que a Petrobrás “pode praticar preços inferiores aos de paridade de importação e, ainda assim, manter alta lucratividade e geração de caixa suficientes para administrar sua dívida e fazer novos investimentos”.

O entrevistado alerta que a atual política de preços não é só prejudicial para o consumidor brasileiro, mas também traz prejuízos aos investidores minoritários, já que a Petrobrás está perdendo mercado para importadores e, consequentemente, está diminuindo sua geração de caixa. Coutinho também vê com preocupação a venda de oito refinarias da estatal e traz dados que apontam que o parque de refino brasileiro é capaz de atender a demanda nacional por derivados. Por fim, ele sustenta que o único beneficiado com a atual política de preço da Petrobrás são os importadores: “O Brasil tem capacidade de refino instalada para abastecer o mercado de diesel e gasolina do país. No entanto, como a direção da Petrobrás passou a arbitrar preços relativamente altos, com paridade de importação, isso acabou viabilizando o negócio dos importadores”.

Petronotícias – Gostaria começar perguntando sobre sua visão sobre a tão controversa política de paridade de importação (PPI) que vem sendo adotada pela Petrobrás nos últimos anos.
Felipe Coutinho – O preço de paridade de importação é uma estimativa. Não é um dado empírico, algo que possa ser medido. Essa estimativa é feita a partir de todos os custos de internalização do combustível. É um preço que teria um combustível caso tivesse sido importado. Ele considera primeiro o custo do produtor do país de origem. No caso do Brasil, a maior parte dos combustíveis vem do Golfo do México nos Estados Unidos. Você soma esse custo do produtor a todos os custos logísticos – transporte, lucro do transportador, taxas portuárias, seguro e custos da distribuição. Essa é uma política inédita. Isso nunca existiu na história da Petrobrás até outubro de 2016, quando foi inaugurada pelo ex-presidente Pedro Parente e mantida pelos seus sucessores Ivan Monteiro e Roberto Castello Branco.

Isso significa que o consumidor brasileiro vai pagar o combustível com o mesmo preço caso ele tivesse sido importado. Então, o preço que estamos pagando na bomba hoje, seja de gasolina ou diesel, é o preço que o brasileiro estaria pagando caso não tivessem acontecido a campanha do “Petróleo é Nosso”, a criação da Petrobrás, a construção de um parque de refino e a descoberta de petróleo no Brasil. Então, fazendo uma abstração, imagine que o Brasil não tivesse nada disso que acabei de citar. Qual o preço que seria pago pelos combustíveis? O PPI. É um preço que onera de uma forma desnecessária e prejudica a economia nacional.

P – E qual seria a alternativa à PPI?
FC – A alternativa seria a Petrobrás sempre fez: abastecer o mercado brasileiro aos menores custos possíveis. Como fazer isso? Através dos baixos custos que a Petrobrás tem, pois é uma empresa integrada verticalmente. Ela procura o petróleo até disponibilizar o derivado na distribuidora. Porém, a BR distribuidora foi privatizada e isso é um complicador. Mas na refinaria ainda é possível garantir, porque a companhia tem capacidade de abastecer todo o mercado brasileiro de diesel e gasolina.

A Petrobrás, sendo uma empresa integrada verticalmente e nacionalmente e tendo custos baixos, pode praticar preços inferiores aos de paridade de importação e, ainda assim, manter alta lucratividade e geração de caixa suficientes para administrar sua dívida e fazer novos investimentos. É possível – e historicamente foi possível – abastecer aos menores custos possíveis, respeitando as necessidades empresariais e atendendo a meta histórica da Petrobrás, que é desvincular o Brasil do mercado especulativo internacional e dos interesses das grandes multinacionais do setor.

P – Quais são as consequências do PPI para o mercado brasileiro?
FC – A Petrobrás produz mais petróleo do que consumimos. Nós temos um excedente cada vez maior para exportação de petróleo cru. O Brasil tem capacidade de refino instalada para abastecer o mercado de diesel e gasolina do país. No entanto, como a direção da Petrobrás passou a arbitrar preços relativamente altos, com paridade de importação, isso acabou viabilizando o negócio dos importadores.

Com o combustível caro na refinaria da Petrobrás, o seu diesel relativamente caro perde competitividade com o diesel produzido nos Estados Unidos e passa a ficar encalhado na refinaria. Quando você tem um diesel encalhado, você é obrigado a reduzir a carga das refinarias, porque o produto não está competitivo e não encontra compradores.

Quando isso acontece, a Petrobrás está produz menos diesel, gasolina e processa menos derivados brasileiros. E o Brasil acaba exportando mais óleo cru. Esses derivados importados começam a inundar o mercado brasileiro em até 30%. Os grandes beneficiários são os agentes da cadeia de importação.

P- De que forma isso prejudica a Petrobrás?
FC – A Petrobrás perde porque, apesar de vender mais caro por litro produzido, tem menor volume total vendido. Quando você compõe esses dois aspectos (ganhar mais por litro e perda de 30% do mercado), há um prejuízo na geração de caixa. Eu discordo de que o acionista minoritário tenha sido beneficiado com essa política. Pelo contrário, ele foi prejudicado também, porque a Petrobrás gerou menos caixa.

As refinarias da Petrobrás processam mais de 90% de óleo produzido pela estatal. E temos capacidade para abastecer o mercado de diesel e gasolina. Inclusive já produzimos no passado mais diesel e gasolina do que é demandado hoje.

Em 2014, foram produzidos 181,6 milhões de barris de Gasolina A no Brasil, equivalente a 248,8 milhões de barris de Gasolina C (com 27% de etanol anidro). Em 2018, o mercado brasileiro de Gasolina C foi de 241,2 milhões de barris. Ou seja, existe capacidade instalada de se produzir no Brasil a demanda pela Gasolina C de 2018.

No caso do diesel, também em 2014, foram produzidos 312,4 milhões de barris no Brasil. Em 2018, o mercado brasileiro de diesel de origem fóssil – descontada a fração de Biodiesel – foi de 316,6 milhões de barris. Além disso, o primeiro trem da RNEST entrou em operação em dezembro de 2014, o que aumenta a capacidade de refino e produção de diesel. A capacidade de produção nacional é compatível com a demanda. Caso exista a necessidade de importação de diesel, seria residual.

P – E no meio desse cenário todo, a Petrobrás ainda está vendendo suas refinarias. Ao seu ver, isso deve piorar a situação do preço de derivados?
FC – Certamente. Caso o governo brasileiro leve adiante a privatização de oito das 13 refinarias, que representam 50% da capacidade de refino da Petrobrás, vai ficar muito mais difícil, praticamente impossível, mudar essa política de preços. Cada produtor desintegrado vai praticar o máximo preço possível, impedindo a competição do combustível importado. [Os novos operadores das refinarias] vão praticar o preço de paridade de importação mais alto possível, desde que não percam mercado para os importados. Isso caso eles [os novos donos das refinarias] decidam produzir, porque também podem decidir não produzir. Se forem produtores com capacidade de refino fora do país, eles podem importar os produtos e não produzir aqui.

Nesse caso, o governo brasileiro e a população terão muito mais dificuldade de praticar preços mais baixos do que os de importação, já que teremos mais de um produtor de capital privado, cujo objetivo é maximizar o lucro no prazo mais curto. Então, essa é a consequência: impedir que o Brasil continue tendo uma vantagem histórica de dispor da Petrobrás como empresa integrada e verticalizada. A Petrobrás é capaz de abastecer a custos menores do que os internacionais e, ainda assim, pode ser uma empresa pujante, capaz de investir, administrar sua dívida, desenvolver tecnologia e manter a renda petrolífera no país.

P – Que tipo de política de preços deveria ser feita no Brasil para aliviar o bolso do brasileiro?
FC – Como já mencionei, a Petrobrás deveria recuperar seu objetivo histórico, que é o abastecimento do mercado nacional de combustíveis aos menores custos possíveis. Historicamente, a Petrobrás já mostrou que é capaz de fazer isso. Temos capacidade instalada para isso. Somos superavitários na produção de petróleo. O petróleo [do Brasil] é adequado às nossas refinarias. Tanto é que as nossas refinarias já produziram mais de 91% da carga processada com petróleo brasileiro. Temos capacidade instalada para abastecer o mercado de diesel e gasolina. Então, não há menor necessidade de vincular os preços da economia nacional aos preços de paridade de importação.

Além disso, a Petrobrás também deve priorizar fazer seus investimentos com alto conteúdo local para que isso retenha no país a renda petrolífera e promova desenvolvimento nacional a partir dos investimentos feitos para agregar valor ao nosso petróleo cru. O país deve limitar a exportação de petróleo cru. Nenhum país de dimensão continental, como o Brasil, se desenvolveu exportando óleo cru ou qualquer outra matéria prima sem agregação de valor. É preciso ter uma política de agregação de valor a esse petróleo cru, refinando com petroquímica no país. Temos que evitar um ciclo do tipo colonial – que é o que está acontecendo – e ter um projeto de desenvolvimento nacional, com participação significativa do estado para garantir a retenção da renda petrolífera.

P – Muitos daqueles que defendem a atual política de preços da Petrobrás afirmam que o petróleo é uma commodity com preços internacionais e dizem ainda que essa política vai promover a competitividade no país. Como rebate esses argumentos?
FC – Isso, na verdade, é uma mentira. Uma falácia, um argumento enganoso que visa fazer com que o sistema financeiro internacional se aproprie dos recursos nacionais aos menores custos possíveis. O petróleo é uma commodity especial. O fato dele ter uma padronização internacional, preço internacional e ser negociado em bolsa de valores não o torna em uma mercadoria qualquer. A história menciona o número de guerras que têm sido travadas pela disputa desse recurso, que é estratégico para o desenvolvimento das economias.

Então, por conta de todas essas características, o petróleo é uma mercadoria especial, escassa e que está em disputa pelo mundo. Não pode ser tratada como uma commodity qualquer, como trigo, minério de ferro ou qualquer outra.

O mercado brasileiro é aberto e competitivo. O que não se pode é obrigar a Petrobrás a praticar preços altos para viabilizar a importação. Que competição é essa que a Petrobrás é cobrada para praticar preços relativamente altos para viabilizar o negócio do importador? A competição é benéfica quando gera a redução do preço. Nesse caso, a situação se inverteu. Nesse caso, se pede preços relativamente altos para favorecer a importação. A Petrobrás é eficiente o suficiente para praticar preços mais baixos e garantir o abastecimento do mercado nacional de combustíveis.

Por Davi de Souza, Petronotícias

FONTE:

https://aepetba.org.br/v1/2021/03/09/aepet-atual-politica-de-precos-da-petrobras-so-favorece-importadores-e-onera-o-brasileiro/

 

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Em São Paulo, Governo do Estado promove São João da Bahia 2024 e espera bater recorde de visitantes e de recursos arrecadados

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A promoção do São João da Bahia 2024 transformou o Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo, em uma verdadeira “embaixada” do Estado, nesta quinta-feira (9), reunindo o secretário estadual do Turismo, Maurício Bacelar, e cerca de 200 operadores e agentes de viagem, que passaram por capacitação. Não faltaram a quadrilha, o forró e a culinária típica, presentes em todo o estado durante o mês de junho.

“A nossa expectativa é que este ano a gente bata um novo recorde, que a gente tenha na Bahia mais de um 1,5 milhão de visitantes, que deixarão algo em torno de R$ 2 bilhões para a economia baiana, gerando emprego e renda para os baianos”, afirmou o secretário.

Bacelar destacou que, para atingir o objetivo de atrair visitantes, o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual do Turismo (Setur-BA), atua nos principais polos emissores de turistas. “Nós hoje estamos aqui no centro de São Paulo, o maior emissor de turistas do País, para capacitar agentes de viagens e operadores de turismo diante das condições da festa. Nessa capacitação nós mostramos os diversos destinos da Bahia, a diversidade da nossa gastronomia, da música, do forró, da quadrilha, e também para mostrar como as pessoas chegam à Bahia, para que possam curtir o melhor São João do Brasil”.

O secretário de Turismo da Bahia enfatizou que os festejos juninos não se resumem ao São João. “Nessa época, são festejados Santo Antônio, São João e São Pedro. E com isso, as festas juninas se estendem pelo estado durante todo mês de junho”. Segundo ele, a festa está distribuída nas 13 zonas turísticas da Bahia. “Se nós formos falar aqui em um município, com certeza vamos deixar de falar de outros 416, onde a festa também vale a pena. É na Bahia que o São João tem a sua maior expressão”.

Infraestrutura

Para reforçar a mobilidade em todo o estado, a economia e, claro, o São João da Bahia, o Governo do Estado investe na aviação regional, com a recuperação e o credenciamento de aeroportos no interior, e na requalificação de estradas. Somente no ano passado foram mais de cinco mil quilômetros de rodovias recuperadas, facilitando o trânsito entre a capital e o interior. Também foram investidos em aeroportos ou aeródromos do estado cerca de R$ 200 milhões, aplicados em obras.

Repórter: Raul Rodrigues/GOVBA

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Prefeitura de Salvador inicia ação para arrecadar água e itens de limpeza para famílias do Rio Grande do Sul

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A Prefeitura vai iniciar nesta quarta-feira (8) a ação ‘Salvador Solidária’, iniciativa que pretende ajudar famílias vítimas das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias, deixando mortos e milhares de pessoas desabrigadas. A ação visa arrecadar água e materiais de limpeza, a exemplo de água sanitária, detergente e sabão.

Estes itens são os mais demandados pelo estado do Sul neste momento. Quem quiser contribuir com a iniciativa pode fazer as doações na sede da Defesa Civil de Salvador (Codesal), que funcionará como posto de coleta, até a próxima quarta-feira (15), sempre das 8h às 16h.

O prefeito Bruno Reis afirmou que Salvador já havia colocado seu corpo técnico à disposição da Prefeitura de Porto Alegre para auxiliar nas ações e destacou que o momento é de solidariedade com o povo gaúcho. “Tenho mantido contato com o prefeito Sebastião Melo para auxiliar no que for possível, inclusive disponibilizando o nosso corpo técnico da Defesa Civil, que é referência no país”, disse.

Bruno Reis ainda fez um apelo para que as pessoas possam fazer doações. “Iniciamos essa ação para arrecadar mantimentos, como água e materiais de limpeza, que são os mais necessitados agora. Faço um apelo para que todos que puderem façam doações. O momento é de solidariedade, de todo o país dar as mãos para ajudar as milhares de famílias que sofrem com as consequências das chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul”, acrescentou.

As doações serão recebidas pela Prefeitura de Porto Alegre e, somadas a outras iniciativas de assistência espalhadas pelo país, serão compartilhadas com cidades vizinhas também afetadas pelas chuvas.

Com a ação, a capital baiana pretende unir forças para ajudar o estado do Sul, que está enfrentando sérios problemas. Apenas em Porto Alegre, de acordo com a Defesa Civil local, 9,8 mil pessoas estão acolhidas em abrigos temporários após sofrerem com as inundações.

“Estamos realizando essa ação em parceria com a Codesal, de forma integrada, para não só arrecadar material, mas também passar uma mensagem de amor, esperança e solidariedade. Já fizemos isso em outros momentos, como na própria pandemia e foi de extrema valia. Tenho certeza que os soteropolitanos irão abraçar essa causa, pois o trabalho de reconstrução do Rio Grande do Sul irá necessitar do apoio de todo povo brasileiro”, disse a vice-prefeita e secretária municipal da Saúde, Ana Paula Matos.

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Maio Laranja segue com vasta programação em Salvador

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Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS

A programação do Maio Laranja segue a todo o vapor durante todo este mês em Salvador. Nesta terça-feira (7), será realizada a III Edição da Formação dos Conselheiros Tutelares da capital baiana, com o tema “Fortalecendo o Sistema de Proteção da Infância e Juventude”. A atividade acontecerá durante todo o dia, a partir das 8h, no auditório do Ministério Público da Bahia (MP-BA), em Nazaré.

Lançada na última sexta-feira (3), fruto de parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), e o MP-BA, a Defensoria Pública Estadual (DPE-BA), e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), a mobilização busca sensibilizar, orientar e capacitar a população sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

A série de ações reúne formações, capacitações, parcerias e eventos com ludicidade para as crianças. Dentre o público-alvo estão os profissionais do Sistema de Garantia de Direitos (SGD) que atuam de maneira mais direta com o público infanto-juvenil. Além disso, a iniciativa quer dar maior visibilidade às ações de prevenção e cuidado com esse público.

A titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo, explica a importância do trabalho conjunto e da união de entes públicos e privados para articular o movimento. “Em nossa percepção, há a clara sinalização de que o abuso e a exploração sexual têm raça e endereço. Portanto, precisamos entender que o maior número de violações ocorre principalmente com pessoas em vulnerabilidade social. Diante disso, é possível compreender que o ponto mais alto do nosso movimento esse ano está na articulação de toda a rede, unindo o poder público, o sistema de justiça e empresas privadas, além do apoio da Câmara Municipal de Salvador, todos articulados nessa ação”, declara a gestora.

Para Dinsjani Pereira, coordenadora de Políticas Públicas para Infância, Adolescência e Juventude da SPMJ, o maior valor envolvido nesta campanha é a capacidade de formar e reunir multiplicadores, todos dedicados ao combate à exploração sexual. “Diversos agentes, bem como a própria população, podem ser parceiros no combate à exploração infantojuvenil. Portanto, historicamente o mês de maio é alvo da intensificação das ações de prevenção nas comunidades, com formação para as equipes ensinando como identificar situações de violação e também como combater e mesmo romper os ciclos de violência contra esse público”, ressalta.

Atenção – Conforme dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em 2023 foram registradas 39.357 denúncias de abuso e exploração sexual no país, com 42.031 violações existentes. Como diagnóstico, foi ressaltada a necessidade urgente de garantir a crianças e adolescentes o direito ao pleno desenvolvimento de forma segura, protegida e livre do abuso e da exploração sexual.

Próximas atividades do Maio Laranja:

Dia 9 (quinta) – III Edição Formação da Equipe dos(as) Colaboradores(as) da Secretaria Municipal da Reparação (Semur)

Tema: A Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes Tem Cor e Endereço

Local: Sala de reunião da Semur – 14h às 16h

Dia 11 (sábado) – III Edição do Festival de Natação para Crianças e Adolescentes

Tema: A violência sexual contra crianças e adolescentes tem cor e endereço

Local: Arena Aquática Salvador – Avenida Octávio Mangabeira, 1818 – Pituba

Horário: 8h30

Dia 13 (segunda) – Eu Me Protejo Na Escola

Tema: A violência sexual contra crianças e adolescentes tem cor e endereço

Locais e horários: Escola Municipal Cosme de Farias – Centro (9h30 às 11h30) e

Escola Municipal Permínio Leite – Dois de Julho (13h às 15h)

Dias 12 e 26 (domingo) – III Edição da Mobilização na Arena Fonte Nova

Tema: A Torcida Contra a Violência Sexual Infantojuvenil

Local: Arena Fonte Nova

Horário: 16h (concentração)

Dia 14 (terça) – Visita Guiada na Fonte e Nave Arena CWG com Grupo de Adolescentes

Local: Arena Fonte Nova

Horário: 14h (concentração – visita guiada) e 15h (CWG)

Dia 15 (quarta) – Formação dos Aprendizes – CIEE

Tema: A Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes Tem Cor e Endereço

Local: Polo de capacitação do CIEE no Shopping Paralela – Faculdade Anhanguera

Horário: 9h às 11h

Dia 15 (quarta) – Formação dos Conviventes do Espaço de Cidadania

Tema: A Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes Tem Cor e Endereço

Local: Espaço de Cidadania CIEE – Rua Desembargador Adolfo Ribeiro Santos Sousa, 124, Nazaré

Horário: 14h às 16h

Dia 16 (quinta) – Certificação – Projetos ‘Cidadão Aprendiz’ e ‘Sinaleiras’

Parceria: Dois projetos interinstitucionais que têm beneficiado jovens, entre 14 e 24 anos, em situação de vulnerabilidade socioeconômica em Salvador, com aulas de aprendizagem técnico-profissional.

Local: Auditório do Ministério Público do Estado da Bahia – Nazaré

Dia 17 (sexta) – Clean Up – Mutirão de Limpeza na Praia

Horário: 8h às 12h

Tema: Dia Mundial da Reciclagem

Local: Praia de Tubarão – Subúrbio Ferroviário

Dia 17 (sexta) – Workshop: Faça Bonito: Proteja Nossas Crianças e Adolescentes

Tema: A Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes Tem Cor e Endereço

Local: Centro de Formação de Professores Emília Ferreiro – Edifício Civil Towers, na Rua Arthur de Azevêdo Machado, no Costa Azul.

Horário: 8h às 13h.

Dia 18 (sábado) – Monumentos de Salvador recebem iluminação laranja

Dia 19 (domingo) – II Edição – Caminhada pela Proteção de Crianças e Adolescentes

Tema: Faça Bonito – Vamos Proteger Crianças E Adolescentes Das Violências

Local: Magalhães Neto (a confirmar) – concentração às 7h

Organização: Câmara Municipal de Salvador

Dia 20 (segunda) – Eu Me Protejo na Escola

Local: Escola Municipal Cosme de Farias – Centro

Horário: 14h às 16h

Dia 21 (terça) – Eu Me Protejo Na Escola

Local: Escola Municipal Permínio Leite – Dois de Julho

Horário: 9h às 11h

Dia 21 (terça) – Formação das Equipe dos(as) Colaboradores(as) Cras e Creas

Tema: Papéis dos Integrantes do Sistema de Garantia de Direitos na Promoção, Proteção, Defesa e Controle da Política dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes

Local: Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador

Horário: 13h30 às 16h30

Dia 22 (quarta) – Roda de Conversa Sobre a Atuação da Saúde em Situação de Violência Sexual

Local: sede da SPMJ – Comércio

Horário: 14h às 16h30

Público-alvo: Profissionais das salas de escuta especializada

Dia 23 (quinta) – Eu Me Protejo Na Escola

Tema: A violência sexual contra crianças e adolescentes tem cor e endereço

Local: Organização de Auxílio Fraterno – OAF – Liberdade

Horário: 14h às 16h

Dia 23 (quinta) – Formação da Agenda Cidade Unicef – Capacitação da Rede de Proteção de Valéria

Tema: Implementação da Lei 13.431/17, com especial enfoque nos temas da prevenção e enfrentamento do racismo e violências de gênero e nos parâmetros para a escuta especializada pelos atores setoriais da Rede

Local: Escola Municipal Professor Milton Santos – Rua Jardim Terra Nova, 99, Valéria

Horário: 8h às 17h

Dia 26 (domingo) – II Edição do Salvador Vai de Bike

Tema: Pedal em combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes

Horário: 7h (concentração)

Local: Em frente a Arena Aquática de Salvador – Praça Nossa Senhora da Luz (Pituba)

Dias 27, 28 e 29 (segunda, terça e quarta) – Caravana Vamos Proteger

Tema: Faça Bonito: Vamos Proteger Crianças e Adolescentes

Local: Salvador Norte Shopping – Praça de Eventos (piso L1) + Espaço da Cidadania

Horário: 9h às 17h

Dia 28 (terça) – Qualificação Profissional (SMS)

Tema: Manejo Clínico da Violência Sexual

Local: Auditório da Unifacs Mouraria

Horário: 8h às 17h

Público-alvo: Profissionais de enfermagem, medicina e odontologia

Dia 28 (terça) – Dia Mundial do Brincar – Neapi

Tema: “No ritmo do brincar”.

Local: CMEIs de todas as GR’s (manhã e/ou tarde)

Dia 7 de junho (sexta) – Encerramento das Agendas do Maio Laranja

Tema: ‘’O que aconteceu no Maio Laranja que você precisa saber e fazer’’.

Local: Terraço da Secis – Comércio

Horário: 16h

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