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POLÍCIA

“Lembre-se da minha voz pedindo que você parasse”, afirma adolescente que teria sido estuprada por Uber

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A adolescente de 17 anos que afirma ter sido estuprada por um policial militar durante uma corrida pelo aplicativo Uber, na noite do último dia 25, escreveu um texto de desabafo onde conta como se sente após o ataque, fala sobre o dia em que teria sido violentada e manda um recado para  o homem que acusa de tê-la estuprado.

O BNews teve acesso exclusivo ao texto da adolescente em que ela diz que muitas vezes pensou que se não tivesse pedido o Uber naquele dia, nada teria acontecido, mas ela se deu conta que outra pessoa teria sido vítima do motorista e que “ninguém merece essa dor”.

Leia a carta na íntegra:

Enquanto crescemos, nos ensinam a ter cuidado para não ser estuprada, mas com o tempo percebemos que nenhuma proteção é o suficiente. E não é. Comigo não foi.

É difícil dormir sem ter pesadelos. É difícil sair sem achar que algo ruim pode acontecer de novo. É difícil falar sobre isso. Sobre como minha vida ficou arruinada após uma solicitação do Uber para casa.

O pedido da minha corrida foi do condomínio do meu namorado em Sussuarana para a minha casa, aqui na Suburbana. Saindo do condomínio, ele me ofereceu uma bala, e eu rejeitei brincando “que estava evitando diabetes”, ele riu.

Sempre fui de prestar atenção à rota do meu caminho para casa, mas nesse dia não me importei tanto, fiquei mexendo no celular e quando me dei de conta, já estávamos em uma rota totalmente diferente da que eu sempre pego para voltar do condomínio para a minha casa.

Perguntei por que ele estava indo no caminho oposto, e ele não respondeu e continuou seguindo, foi aí que eu comecei a sentir medo, pedir para quê ele parasse o carro, e ele começava a rir, ria o tempo todo. No momento, parecia que minha mente tinha parado, eu não conseguia pensar e nem fazer nada. Em seguida, ele entrou em uma rua escura, na qual ele parou o carro, sacou um estilete e pediu o meu celular. Eu estava com tanto medo, estava tão nervosa e no momento não conseguia lembrar a senha do meu celular, só conseguia chorar.

Percebi que ele tinha se irritado com a minha demora, e foi aí que ele começou a cortar meu braço com o estilete, e quanto mais eu começava a gritar, ele me cortava. Ele só parou, quando eu conseguir desbloquear o celular. No início, pensei que ele fosse me assaltar. Mas depois que ele tinha conseguido mexer no meu celular, ele veio pra cima de mim, e me agarrou. E pedia para que eu tirasse a minha saia. Eu implorava para ele que não. Tentei reagir, dando chutes, quando ele começou suspender a minha saia, mas eu sabia que não tinha como entrar em uma luta com ele. Ou eu não parava, ou ele me matava.

Ele conseguiu me violentar, e ao mesmo tempo em que ele fazia, ao mesmo tempo ele passava o estilete sobre minhas pernas. Eu pedia pra ele parar, pedia o tempo todo…eu implorava e ele só sabia rir.

A cada minuto, cada segundo, era horrível, era assustador. Eu só pensava que ele ia me matar. E então, naquele momento, tinha acabado. Ele retornou com o carro, fingiu que nada tinha acontecido, cobrou a corrida, e perguntou se eu tinha gostado da viagem.

Eu estava completamente sozinha, fisicamente incapaz de me defender, e ele me escolheu. Às vezes eu penso que se eu não tivesse solicitado aquele Uber, nada disso teria acontecido. Só que então eu me dei conta, teria acontecido, só que com outra pessoa. Ninguém merece sentir essa dor.

Não queria que ninguém soubesse o que tinha acontecido, e o quão destruída eu me sinto. De repente você acorda e lê nos jornais “Adolescente de 17 anos estuprada por motorista de Uber” Onde as pessoas descobrem os detalhes gráficos do meu próprio ataque sexual.

Quando me disseram que eu deveria estar preparada para o caso de perdermos, eu disse que não tinha como me preparar para isso. Ele era culpado desde o momento em que eu entrei naquele carro. Ninguém pode me convencer a deixar para trás a dor que ele me causou.

Em vez de usar o tempo para me curar, eu gasto meu tempo tentando me lembrar de todos os mínimos detalhes daquela noite para me preparar para as perguntas do júri, que vão ser invasivas, agressivas e preparadas para me desequilibrar, e me fazer entrar em contradição.

Hoje, ele se faz de vítima e nega tudo na mídia. Mas, ele sabe, ele sabe o que fez comigo. Ele sabe o quanto eu implorei pra que ele não tivesse tocado em mim. Sofrimento não é um estranho para mim, você me fez o conhecer bem. Você me tornou uma vítima.

Eu sou um ser humano que foi irreversivelmente machucado, minha vida está parada, os meus estudos estão parados. Esperando para decidir se eu valho alguma coisa.

Minha alegria natural, gentileza e o estilo de vida estável que eu tinha foram distorcidos além do reconhecimento. O isolamento em alguns momentos é insuportável. Você também não pode me dar de volta à vida que eu tinha antes daquela noite. Enquanto você se preocupa com sua reputação destruída, eu me preocupo em dormir e ver o seu rosto nos meus pesadelos. Onde eu sou tocada sem poder fazer nada.

Como sei que você assistiu minha entrevista, espero que também leia isso. Você e seu advogado merecem cair no mesmo inferno. Espero que nem hoje, nem nunca, você possa dormir em paz. Lembre-se da minha voz pedindo que você parasse. Espero que isso lhe tire o sono.

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DESTAQUE

Bahia registra redução de 8,7% em mortes violentas e 25 fuzis são apreendidos desde janeiro

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A Bahia registrou uma redução de 8,7% no índice de mortes violentas (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte) entre janeiro e maio de 2024, quando comparado ao mesmo período de 2023. O índice foi apresentado nesta quarta-feira (15), durante coletiva realizada pela Secretaria da Segurança Pública, no Centro Administrativo, em Salvador.

O secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, frisou que as forças policiais e do Corpo de Bombeiros atuam de forma incessante para garantir maior proteção para os baianos. “Ampliamos os investimentos em tecnologia e realizamos ações baseadas na inteligência com total integração, a fim de combater o crime organizado, garantindo a preservação de vidas – nosso maior patrimônio”, explicou o gestor.

De janeiro a maio deste ano, foram registrados pela Polícia Civil 1.746 casos, contra 1.912 ocorrências nos primeiros meses de 2023. Em números absolutos, 166 vidas foram preservadas.

A redução do número de prisões foi de 4% em relação a 2023, com 6.141 pessoas presas – 37 delas lideranças de facções criminosas. De acordo com a SSP, das pessoas presas 320 eram foragidas da justiça e foram localizadas por câmeras de reconhecimento facial.

O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), Paulo Coutinho, atribui os resultados à coragem e ao compromisso dos policiais militares com a segurança da população baiana. “Eu destaco, sobretudo, a coragem da nossa tropa, o devotamento, o compromisso com a sociedade no sentido de dia a dia. Vamos, cada dia mais, retirar armas de circulação, principalmente as ilegais, que têm trazido morte e sangue para o nosso estado”, enfatizou.

As forças de segurança já apreenderam, desde janeiro, 25 fuzis e 2.169 armas. O titular da Segurança Pública, Marcelo Werner, disse, ainda, que o trabalho integrado, não só com as forças de segurança da Bahia, mas, também, com a Polícia Federal tem ampliado as investigações para identificação das rotas de tráficos de armas no estado.

“Ano passado, a Polícia Federal fez uma operação chamada Dakovo, que identificou rotas [de armas] que vinham do leste europeu, chegavam ao Paraguai e, a partir do Paraguai, chegavam ao sudeste e nordeste. É lógico que nós temos outras investigações em andamento. Essas investigações, inclusive, foram responsáveis para que a gente pudesse alcançar 55 fuzis apreendidos em 2023”, detalhou o secretário de Estado.

Heloísa Brito, delegada-geral da Polícia Civil, reforçou: “estamos trabalhando muito na questão do bloqueio dos recursos, porque o armamento continua entrando. Nessa ação conjunta, não só com a Polícia Civil, Polícia Militar, mas, também, com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, estamos impedindo e dificultando a entrada no nosso estado tanto de drogas quanto de armas”.

A Segurança Pública também apresentou redução de 14,6% nos roubos de veículos, 10,5% no número de furtos de veículos; 27,1% nos roubos de ônibus e 85,7% em roubo a bancos.

Fonte: Ascom/SSP-BA, com informações da repórter Milena Fahel/GOVBA

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DESTAQUE

Governo do Estado paga R$ 39 milhões para 21 mil policiais por redução de mortes violentas

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O Prêmio por Desempenho Policial (PDP) corresponde à diminuição das mortes violentas no 2° semestre de 2023

O Governo do Estado concede nesta terça-feira (14), cerca de R$ 39 milhões, através do Prêmio por Desempenho Policial (PDP), para policiais militares, civis e peritos que reduziram em 6% as mortes violentas na Bahia, no 2° semestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No total, 21.145 servidores das Forças da Segurança receberão o PDP. Destes, 17.232 são PMs, 2.488 integram a Polícia Civil, 862 atuam no Departamento de Polícia Técnica e 563 na estrutura da Secretaria da Segurança Pública.

Dentre as 52 Áreas Integradas da Segurança Pública (Aisp), 27 apresentaram redução das mortes violentas (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte).

“Fechamos 2023 com diminuição de 6% das mortes violentas, índice estipulado pelo PDP. Este ano, o trabalho segue intensificado e estamos com queda de 9%. Seguiremos com foco na preservação da vida”, enfatizou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.

Fonte: Ascom/SSP

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SSP inicia implantação das câmeras corporais nas forças de segurança da Bahia

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Nesta primeira etapa, 448 câmeras serão utilizadas por agentes da Polícia Militar lotados em unidades dos bairros de Pirajá, Tancredo Neves e Liberdade, na capital

As câmeras corporais operacionais (CCOs) começam a ser implantadas nas fardas dos agentes das forças de segurança da Bahia, nesta terça-feira (7), pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA). Em coletiva de imprensa realizada esta manhã, o secretário Marcelo Werner, acompanhado dos secretários de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, e da Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, anunciou que, nesta fase, agentes de unidades da Polícia Militar (PMBA) serão os primeiros a utilizar a ferramenta como um equipamento de proteção individual (EPI), garantindo mais transparência e segurança, tanto para os oficiais quanto para a população baiana.

Atualmente, o estado conta com 1.300 câmeras, sendo 200 cedidas pelo Ministério da Justiça e 1.100 locadas pelo governo estadual. Na primeira etapa, serão usadas 448 câmeras em Companhias Independentes da Polícia Militar (CIPM) localizadas nos bairros de Pirajá (152 câmeras), Tancredo Neves (152) e Liberdade (144). Os locais foram estabelecidos a partir de um critério técnico, que utilizou o parâmetro de unidades com maior número de atendimentos de ocorrência, na capital.

“As câmeras vêm em um viés de transparência da ação policial, de proteção ao policial e ao cidadão, ou seja, a comunidade como um todo. É um instrumento de trabalho, de ferramenta que, inclusive, pode ser utilizado como meio probatório, evitando, também, denúncias, falsas denúncias, e esclarecendo qualquer tipo de situação que envolva aquele processo policial. Então, mais do que tudo, as câmeras corporais são proteção, segurança e transparência ao policial e à população”, frisou o titular da SSP-BA, Marcelo werner.

A implementação das câmeras será gradativa e, nas outras fases, vai contemplar, também, as Polícias Civil e Técnica, além do Corpo de Bombeiros Militar. O projeto baiano é o primeiro do país a implantar as câmeras corporais em todas as forças de segurança.

“A Polícia Civil do Estado da Bahia é a segunda Polícia Civil a utilizar no Brasil, começou no Rio de Janeiro, mas de modo embrionário. Nós vamos utilizar aqui no cumprimento dos nossos mandados de operação, de busca e apreensão. O policial vai filmar desde o momento em que ele chegou, que apreendeu aquele bem, mostrando onde ele estava e fortalecendo a cadeia de custódia, deixando claro que aquele objeto pertencia àquela pessoa, não só no caso, por exemplo, de desmantelamento de laboratórios de drogas, mas, também, na questão da lavagem de recursos. Esse é um expediente que nós já usávamos em algumas situações. De modo particular, fazíamos a gravação para consolidar. Então, tudo aquilo que vem robustecer o elemento probatório, que fortalece o processo da investigação, é extremamente importante”, completou a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito.

Utilização do equipamento

As câmeras corporais farão um registro transparente e inviolável da atuação das forças. Serão destinadas ao uso exclusivo no serviço operacional pelo profissional devidamente capacitado, sendo vedada a sua utilização para captação de imagens e áudios que não sejam de interesse da segurança pública.

Nas diretrizes de uso dos equipamentos existem dois tipos de gravação das imagens: o vídeo de rotina, que consiste em um registro audiovisual produzido pela câmera de forma contínua e ininterrupta; e a gravação destacada, que é o registro audiovisual produzido por acionamento mecânico e intencional da gravação da câmera, marcando temporalmente o início e o término do registro. O vídeo destacado possui melhor qualidade de vídeo e captação de áudio.

“O equipamento será um elemento que transparece como acontecem as coisas no dia a dia. Tivemos, essa semana, um evento contra dois policiais militares que a câmera seria excelente para comprovar para a sociedade, efetivamente, a agressão por parte de um criminoso. A gente recepciona muito bem, por confiar em nossa tropa e pelo nível de profissionalismo, que vai comprovar o serviço diário prestado pela Polícia Militar da Bahia como um grande patrimônio do nosso estado, avaliou o comandante-geral da PM, Paulo Coutinho.

Além de agregar mais transparência, qualidade e segurança ao trabalho dos agentes, o uso das chamadas bodycams vai qualificar as investigações criminais e fortalecer o chamado “lastro probatório”, beneficiando policiais e cidadãos comuns. Os registros capturados pelas câmeras corporais também são ferramentas importantes para o treinamento de novos agentes e o aprimoramento contínuo dos profissionais de todas as forças de segurança.

Para o titular da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (SJDH), Felipe Freitas, a iniciativa amplia a qualidade do serviço prestado pela polícia. “No âmbito do Programa Bahia pela Paz, que a gente espera que seja aprovado hoje pela Assembleia Legislativa, esperamos [com as câmeras] ter resultados mais efetivos em termos de uma prestação das forças policiais, de respostas cada vez mais transparentes e, sobretudo, de uma relação mais próxima e cada vez mais respeitosa e integrada com o conjunto da população. O uso das câmaras favorece, sim, o alargamento das ações de cidadania e de promoção dos direitos das comunidades”, sinalizou ele.

Gestão dos registros

Em março deste ano, foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) as portarias referentes ao modelo de governança para efeito do emprego das CCOs e gestão dos registros audiovisuais. O regulamento de gestão dos registros gerados pelas câmeras estabelece as situações e propósitos para os quais as imagens podem ser disponibilizadas e compartilhadas. Neste ponto, o documento esclarece que o acesso aos registros será autorizado por ordem judicial, ou por requisição fundamentada à Secretaria de Segurança Pública.

Investimentos na Segurança Pública

As câmeras corporais operacionais fazem parte de um amplo pacote de investimentos em infraestrutura, tecnologia, inteligência e efetivo que dão mais qualidade e eficiência ao trabalho de Segurança Pública na Bahia. Com o Programa de Modernização das Estruturas Policiais e de Bombeiros, já foram investidos R$ 650 milhões em construções e reformas de 500 unidades em todo o estado. Também já foram entregues 1.300 novas viaturas.

Na área de tecnologia, mais de 1.500 foragidos foram localizados, desde a implantação do Sistema de Reconhecimento Facial. Com o Sistema de Reconhecimento de Placas, a Bahia já recuperou mais de 400 veículos roubados. Além disso, o Governo do Estado tem promovido a ampliação dos efetivos com a realização de concursos. Já são mais de 3.200 policiais e bombeiros contratados.

Fonte: Ascom/SSP-BA, com informações da repórter Milena Fahel/GOVBA

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Cultura

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