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CULTURA

QUEM FOI MARIA QUITÉRIA?

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Maria Quitéria foi a primeira mulher no Exército Brasileiro e tornou-se a heroína da Independência

Maria Quitéria de Jesus (27 de julho de 1792 – 21 de agosto de 1853) foi a primeira mulher a fazer parte do Exército Brasileiro. Considerada a heroína da Independência, a baiana fingiu ser homem para poder entrar nas Forças Armadas.

A jovem Maria Quitéria juntou-se às tropas que lutavam contra os portugueses em 1822. Ela utilizou o nome de seu cunhado, ficando conhecida como soldado Medeiros, já que somente homens faziam parte do Exército.

Semanas depois de entrar para o Exército, Maria Quitéria teve sua identidade revelada. No entanto, o major Silva e Castro não permitiu que ela saísse das tropas, já que era importante para a luta contra os portugueses por sua facilidade com o manejo de armas e sua disciplina em batalha.

Vida pessoal
Maria Quitéria nasceu em 1792, em uma fazenda localizada na então freguesia de São José de Itapororocas, local onde hoje fica a cidade de Feira de Santana, na Bahia.

Aos 10 anos, Maria Quitéria perdeu a mãe e ficou responsável por cuidar de suas irmãs. Seu pai casou-se mais duas vezes. A jovem teve uma relação conturbada com sua segunda madrasta, já que ela não aceitava o jeito independente de Quitéria.

Maria Quitéria não tinha formação escolar, mas era experiente na caça e na pesca, assim como no manejo de armas. Diferente das moças de sua época, ela era independente e contrariava os padrões da sociedade.

De soldado Medeiros a cadete Maria Quitéria
Em 1822, o Conselho Interino do Governo da Bahia passou a recrutar voluntários para as lutas de apoio à Independência. Maria Quitéria interessou-se pela proposta e pediu ao seu pai permissão para se alistar, mas foi proibida por ele.

Decidida a lutar pela Independência, Maria Quitéria contou com a ajuda de sua irmã, Tereza Maria, e seu cunhado, José Cordeiro de Medeiros. Ela pegou o uniforme do cunhado emprestado, cortou seus cabelos e apresentou-se como homem ao Exército.

Como soldado Medeiros, Quitéria juntou-se ao batalhão “Voluntários do Príncipe Dom Pedro”.

O pai de Maria Quitéria procurou o batalhão e contou que ela era mulher. Como ela já era reconhecida por seus esforços, disciplina e facilidade com as armas, o major não permitiu que ela fosse desligada do Exército.

Após adotar seu nome verdadeiro, Maria Quitéria trocou o uniforme masculino por saias e adereços. Sua coragem em ingressar em um meio masculino chamou a atenção de outras mulheres, as quais passaram a juntar-se às tropas e formaram um grupo comandado por Quitéria.

Quitéria participou de vários combates com o batalhão, entre os quais estiveram a defesa da Ilha da Maré, da Barra do Paraguaçu, de Itapuã e da Pituba.

Depois da declaração da Independência, as tropas portuguesas permaneceram combatendo no Brasil. Maria Quitéria, mais uma vez, destacou-se ao guerrear com as mulheres de seu grupo, na foz do rio Paraguaçu, na Bahia.

Com a derrota das tropas portuguesas, em julho de 1823, Maria Quitéria foi promovida a cadete e reconhecida como heroína da Independência. Dom Pedro I deu a ela o título de “Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”.

Fim da carreira militar
Após o fim das guerras pela Independência, Maria Quitéria decidiu retornar à região onde morava. Dom Pedro I escreveu uma carta ao pai dela reconhecendo sua importância para o Brasil e pedindo que ela fosse perdoada por fugir de casa.

Posteriormente, Maria Quitéria casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito. Ela teve uma filha, Luísa Maria da Conceição. Ao ficar viúva, Quitéria mudou-se para Feira de Santana para tentar receber parte da herança deixada por seu pai, em 1834, mas desistiu e foi para Salvador.

Foi em Salvador que Maria Quitéria faleceu, em 21 de agosto de 1853, no anonimato. Ela foi sepultada na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento no bairro de Nazaré, na capital baiana.

Homenagens
Maria Quitéria tornou-se símbolo da emancipação feminina e exemplo para mulheres de todo o país.

A heroína da Independência foi condecorada patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro. Em 1953, no aniversário de 100 anos de sua morte, o governo brasileiro decretou que seu retrato estivesse presente em todos as repartições e unidades do Exército.

Por Lorraine Vilela – Jornalista
FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/maria-quiteria.htm

CULTURA

Espaços culturais da Prefeitura participam da 22ª Semana Nacional de Museus

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Fotos: Valter Pontes/Secom PMS

Os diversos espaços culturais da Prefeitura de Salvador participam, até o próximo domingo (19), da 22ª Semana Nacional de Museus. Neste período, uma programação especial aguarda o público nas unidades geridas pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult): Cidade da Música da Bahia (Comércio), Casa do Carnaval da Bahia (Praça da Sé), Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai (Rio Vermelho), Memorial Dois de Julho (Lapinha), Espaço Carybé das Artes e Pierre Verger da Fotografia (ambos na Barra).

A Semana Nacional de Museus é uma iniciativa coordenada pelo Ibram – Instituto Brasileiro de Museus -, celebrada anualmente em homenagem ao Dia Nacional dos Museus, que acontece todo dia 18 de maio. Esta é a 22ª edição do evento, que acontece de 13 a 19 deste mês, em museus, instituições de memória e espaços culturais de todo o país.

“O grande objetivo dessa iniciativa cultural é promover e valorizar estes espaços e ensejar a possibilidade de a população conhecê-los, permitindo que tanto o público local como visitantes saibam da existência desses espaços, podendo contemplá-los da melhor forma possível, desfrutando da programação especial devidamente preparada para essas datas, como oficinas, atividades de dança, artes visuais, música, visitas a jardins. A intenção é apresentar ao público este acervo tão importante que, a seu modo, conta um pouco da história da nossa cidade e de nosso estado”, explica a coordenadora de Equipamentos Culturais da Secult, Renata Camarotti.

Os espaços funcionam das 10h às 18h. Os valores dos ingressos custam R$20 a inteira, e R$10 a meia-entrada – este benefício é estendido a residentes em Salvador, com a devida comprovação de endereço.

Programação:

Casa do Rio Vermelho

Até dia 30 – Exposição Temporária: Em celebração ao Dia do Trabalhador, esta mostra temporária destaca o escritor como um profissional das artes, das escrita e das letras. A exposição terá como base e inspiração a narrativa de vida profissional do casal Jorge Amado e Zélia Gattai, que juntos compartilharam não somente o amor, afeto por sapos, mas também a profissão de reorganizar as palavras e letras para sensibilizar e cativar seus leitores.

Dias 16 e 17, às 15h30 – Visitas Mediadas: A atividade desvenda alguns dos segredos e curiosidades da Casa do Rio Vermelho, através de um passeio onde memória e cultura se unem para trazer a história do imóvel e dos ilustres moradores: o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai.

Dia 18, às 10h30 – Oficina de Mosaicos: Com foco no ensino da educação artística, a atividade é uma verdadeira celebração de cores e formas, onde cada participante transformará simples pedacinhos de EVA em obras de arte únicas.

Dias 18 e 19, às 10h e 18h – Desenhos na Varanda: As crianças vão participar da pintura de desenhos encantadores da Casa do Rio Vermelho e seus proprietários, acervo e livros que foram criados por alunos da Escola de Belas Artes da Ufba, sob orientação do professor Luiz Mário.

Dia 19, às 10h30 – Passeio no Jardim: Passeio pelo bosque de mais de 1.500 m², onde estão diversas espécies da flora e fauna brasileira e é possível conhecer um pouco mais a respeito das plantas desse espaço e também dos Orixás, seus habitantes encantados. A edição também celebra os artistas plásticos presentes no acervo, além de realização de pesquisa/catalogação das plantas do jardim.

Fortes Carybé das Artes e Pierre Verger

Até dia 17/6 – Exposição Guardiões da Baía: A mostra presente na Galeria Fragmentos traz fotos surpreendentes da Colônia de Pescadores Z1, apresentando os pescadores como figuras fundamentais na economia marítima e no patrimônio da Baía de Todos-os-Santos, portadores de conhecimentos tradicionais e guardiões do espaço marinho e costeiro, preservando a cultura e história desta atividade essencial.

Dia 18, às 14h e 16h – Artista por um dia – Fotografia: A dinâmica é entender o que é a fotografia e os conceitos básicos, para assim usar as lentes (olhos e celulares) para capturar diferentes pontos de vistas e perspectivas do mundo urbano ao redor.

Dia 19, às 14h e 16h – Artista por um dia – Origami: A dinâmica da oficina é usar a concentração e a habilidade manual para aprender a arte da dobradura japonesa. A ação funcionará como um curso introdutório sobre esse tipo de artes manuais, na qual o público aprenderá o básico para criar diferentes esculturas de papel.

Cidade da Música da Bahia

Dias 16 e 17, às 11h, 12h, 13h, 14h, 15h, 16h e 17h – Oficina de Percussão: O público poderá aprender técnicas básicas de um dos instrumentos mais importantes utilizados no cenário musical baiano.

Dia 18, às 15h – Batalha de dublagem: Ícones LGBT+: Com base nas batalhas de Drags Queens da cultura Ballroom e outras manifestações da comunidade LGBT+, essa atividade convida o público para uma investigação do ato de dublar e criar novas interpretações e performances para músicas icônicas do verão baiano. Nesta edição serão homenageadas as memórias de ícones da comunidade LGBT+ e os ensinamentos sobre a igualdade e respeito.

Dias 18 e 19, às 11h e 14h – Pílulas Musicais: O público é convidado a descobrir mais sobre o universo musical da Bahia. Através de pílulas musicais de 20 min a 30 min, os mediadores convidam os presentes a aprender sobre os artistas, estilos musicais e movimentos culturais do estado.

Dia 19, às 15h – Música Viva: O Música Viva deste mês será inspirado no processo de educação e pesquisa musical. Nesta ação, artistas são convidados para apresentarem ao público como uma obra musical nasce, quais suas fontes de inspiração e, principalmente, como a música pode ser uma ferramenta de transformação.

Memorial 2 de Julho

Dia 18, às 15h – Jogo da Memória: O público vai aprofundar os conhecimentos sobre os eventos e personalidades que desempenharam papéis cruciais na Independência da Bahia, em envolventes e educativos jogos. A experiência envolve quebra-cabeças e jogos da memória, onde todos sempre se divertem e aprendem um pouco mais sobre a história da Bahia.

Dia 19, às 15h – Você no 2 de Julho: A oficina de confecção de cartaz remete à festa de comemoração da Independência da Bahia, realizada no dia 2 de Julho, evento profundamente enraizado na cultura popular. Durante o cortejo, os participantes têm a oportunidade de expressar opiniões sobre questões sociais, e se manifestar de forma crítica através de cartazes, adicionando uma camada adicional de comunicação visual à já rica decoração do desfile e das fachadas.

Casa do Carnaval da Bahia

Dia 18, às 15h – Oficina de Mosaico de Lantejoulas: A oficina de mosaico é um espaço enriquecedor que estimula a criatividade e o desenvolvimento pessoal. Ao explorar a arte dos mosaicos com lantejoulas, o público mergulhará em uma jornada de imaginação, concentração e autoestima.

Dias 16 e 17, às 16h, e dias 18 e 19, às 11h e 14h – Bloco da Mediação: A visita guiada temática acontece como um bloco de carnaval, com todos juntos, fantasiados e na mesma vibração para conhecer um pouco mais sobre a folia de Momo na Bahia.

Dia 19, às 15h – Carnaokê Especial: A atividade permite aos participantes cantar as músicas que embalaram os carnavais passados. Nesta edição, o foco estará nas cantoras da axé music e do carnaval soteropolitano. A ação também vai celebrar o Dia do Artista Visual os diferentes artistas do acervo da CCB.

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CULTURA

Estudantes e educadores da rede estadual movimentam Bienal do Livro da Bahia

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Para estimular a leitura, o Governo do Estado distribuiu dez mil vales-livro para 5 mil jovens leitores e 5 mil professores

Estudantes e professores da rede estadual de ensino estão marcando presença na 7ª edição da Bienal do Livro da Bahia, que teve início no dia 26 de abril e segue até esta quarta-feira, dia 1º de maio, no Centro de Convenções de Salvador. Com o tema ‘As histórias que a Bahia conta’, o evento ganha um brilho especial com o protagonismo dos jovens e educadores. Para estimular a leitura, eles receberam do Governo do Estado dez mil vales-livro.

Nesta terça-feira (30), o governador Jerônimo Rodrigues visitou o evento, acompanhado do vice-governador, Geraldo Júnior, e destacou a ação, realizada através da Secretaria da Educação (SEC). “A gente consegue estimular um país, um estado, um município a se desenvolver quando esse lugar tem capacidade de fazer leituras. E a leitura tem o potencial de fazer as pessoas viajarem, sonharem, elaborarem. Nós avançamos bastante, mas a participação dos brasileiros e dos baianos, no que diz respeito à quantidade de livros lidos durante o ano, ainda é, relativamente, baixa. Temos que sair da casa de quatro, cinco livros por ano pra chegar a, pelo menos, um livro por mês. Isso sem contar com o livro didático que é disponibilizado nas escolas. Quando estimulamos a leitura, estimulamos a escrita. Olha o caso da Bienal: encontro de editoras, encontro de escritores, de estudantes, de professores, com projetos aqui dentro. Encontrei muita gente de Santa Catarina, de Sergipe, do Rio de Janeiro, vindo expor seu livro, conhecer o livro. E nós, do Governo do Estado, disponibilizamos tickets pra distribuir aos estudantes e as professores, pra estimular a compra e a leitura”.

O governador lembrou, ainda, das iniciativas realizadas ao longo do ano letivo: “nós já distribuímos tablet, que são livros e cadernos na mão. Todo o segundo ano da rede estadual está com tablet. Já providenciamos a compra, para que o primeiro ano tenha, o nono ano tenha, para que a gente possa entrar na tecnologia. Nosso interesse é levar a educação e a cultura para municípios de toda a Bahia”.

Para Ana Sofia, aluna do Colégio Martinho Sales Brasil, de São Francisco de Conde, a experiência na Bienal do Livro da Bahia foi enriquecedora: “eu comprei o livro que tanto queria e estou super feliz. Essa iniciativa de distribuir vales-livro foi incrível, porque me deu a chance de ter um livro que talvez não pudesse comprar. Adorei a oportunidade de participar da Bienal e poder mergulhar em novas histórias”.

Uma das iniciativas mais significativas da Bienal é o destaque dado à produção literária dos professores de colégios estaduais. Não apenas como educadores, mas, ainda, como escritores, eles têm a oportunidade de compartilhar histórias e conhecimentos com o público, enriquecendo o panorama cultural da Bahia.

Além disso, o evento conta com uma extensa programação, que inclui homenagens, rodas de conversa, oficinas de contação de histórias, lançamentos de livros, entre outras atividades. A presença das universidades estaduais baianas também é notável, com a divulgação das produções de suas editoras, fortalecendo ainda mais o ambiente acadêmico-literário.

A secretária Rowenna Brito destacou que eventos como esse estimulam o hábito da leitura, enriquecem o aprendizado e fortalecem os laços culturais da comunidade educacional: “estamos empenhados em proporcionar acesso à leitura e ao conhecimento para todos os estudantes e profissionais da educação, pois acreditamos que é através da educação que construiremos um futuro melhor para a Bahia”.

Também através da Secretaria de Estado da Educação (SEC), o Instituto Anísio Teixeira (IAT) promove debates sobre a importância da leitura e do material didático nas escolas. Todas essas ações reforçam o compromisso do Estado com a promoção da educação, da cultura e da literatura na Bahia, reconhecendo o papel fundamental que essas áreas desempenham no desenvolvimento social e humano da população.

Repórter: Tácio Santos/GOVBA

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CULTURA

Confira a programação da Prefeitura na Bienal do Livro Bahia 2024

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Foto: Igor Santos/Secom PMS

A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e a Fundação Gregório de Mattos (FGM), vai integrar a programação da Bienal do Livro Bahia, que acontece entre a partir desta sexta-feira (26) até o próximo dia 1º de maio, no Centro de Convenções de Salvador (CCS), na Boca do Rio. A participação se dará através de dinâmicas, ações socioculturais e educativas em três espaços dentro da Bienal: o Stand Casa das Histórias, o Espaço Infantil e o Café Literário.

O Stand Casa das Histórias terá apresentações de palestras, lançamentos de projetos e livros e encontro de linguagens literárias. Já o espaço Prefeitura da Cidade do Salvador apresenta histórias de raiz baseadas no livro Boca de Cena. Por fim, o Café Literário trará um papo animado com os profissionais de desenho e artistas que fazem as traduções dos textos e poesias, com seus desenhos, além de conversa com autores selecionados no Selo João Ubaldo – Ano IV.

A gerente de Biblioteca, Livros e Leitura da FGM, Jane Palma, afirma que o evento é fundamental para a cidade, pois o expoente literário da Bahia é grande no universo nacional. “Os grandes nomes da nossa literatura nasceram na Bahia, e a Prefeitura tem uma política pública de fomento da leitura importante, então esse evento fará com que haja um fomento da cadeia econômica e produtiva da literatura, ampliando o hábito da leitura em diversos gêneros. Nossa participação é importante para mostrar, através dos espaços, nossas ações”, declara.

Na ocasião, o público poderá conferir todas as ações e publicações lançadas pela FGM, como o selo João Ubaldo Ribeiro, o projeto Cauê Erê, voltado para crianças, a divulgação da Plataforma Digital Caminhos da Leitura e o Coreto Literário – projeto que, no Verão, percorre praças da cidade de Salvador.

Criatividade – Um dos destaques da programação acontece na segunda-feira (29), com uma roda de conversa, às 10h, com o tema “Identidade no corpo – abordagem da literatura negra nas criações de roupas e tecidos”, que discutirá as condições no cenário atual, propostas e ações desenvolvidas. A atração contará com a participação do diretor de criação da Katuka Africanidades, Renato Carneiro, da estilista Goya Lopes e do artista plástico Alberto Pita.

Para Goya, a moda e literatura têm em comum a criação. “Hoje em dia, cada vez mais, enxergamos a moda como comportamento. E a literatura também é uma resposta ao comportamento. A moda e a literatura estão ligadas pela fantasia e por toda aquela imagem, aquela imaginação fértil dos criadores. São vários pontos que ligam as duas. Em particular, estar falando de narrativa, trazendo três criadores, é mostrar a importância que a estamparia e a criação têm. Cada um deles, Pita, Renato e Goya trazem para o Brasil uma nova linguagem afro-brasileira, de narrativa, por meio da estamparia. Um movimento muito especial, bem típico da nossa Bahia”, avalia.

No mesmo dia, às 14h, o destaque do Café Literário é a mesa ‘As Imagens das Letras’, mediada por Felipe Rêgo, gestor do SalCine. “O convite para participar do Café Literário é uma honra, pois é o reconhecimento de minha trajetória artística como construtor de narrativas visuais, para além dos trabalhos impressos, pois grande parte dos trabalhos que venho ilustrando nos últimos anos foram para o audiovisual. Mas há um outro aspecto fundamental que se soma a minha satisfação pessoal, que é a possibilidade de ter meu trabalho em dialogo com artistas que admiro, abrindo percepções para os mais jovens dos caminhos plurais possíveis a se seguir para quem assume o desenho como ferramenta de comunicação”, declara um dos palestrantes, o ilustrador Igor Souza.

Confira a programação completa dos espaços da Prefeitura na Bienal:

Stand Casa das Histórias de Salvador

Sexta-feira (26)

11h – Apresentação do projeto Literama Infantil, primeiro Circuito de Contação de Histórias Negras da Bahia criado para estimular o interesse pela leitura e fomentar a literatura afro-brasileira infantojuvenil baiana.

Sábado (27)

16h – II Encontro de Bibliotecas Comunitárias – projeto de integração das linguagens dos agentes literários dentro da Bahia.

Domingo (28)

10h – Roda de conversa Letras Pretas, com apresentação dos trabalhos da literatura preta com as autoras Táina Santos de Sena e Carla Brito.

Apresentação das ações e programação de 2024 do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), com a participação da coordenadora do PCRI, Oilda Rejane, e das representantes dos comitês da FGM, Adjane Ribeiro e Viviane Ramos; e da Secretaria Municipal de Gestão (Semge), Rafaela Pondé.

Segunda-feira (29)

10h – Roda de Conversa: Identidade no corpo – abordagem da literatura negra, nas criações de roupas, tecidos. As condições no cenário atual, propostas e ações desenvolvidas, com a participação de Renato Carneiro (Katuka Africanidades), Goya Lopes e Alberto Pita.

Terça-feira (30)

9h às 11h – Produções de Editoras Independentes com professoras da Unifacs, Editora Usina de Textos – Paulinas e Futuca Cuca Editora Escritório de Histórias.

19h – Imagem dos livros – Encontro dos ilustradores da Casa das Editoras Baianas para falar sobre a profissão, com participação de Aline Terranova, ilustradora que cedeu os direitos autorais para uso da imagem do Boca de Brasa, Gregório de Mattos.

Quarta-feira (1º)

10h – Lançamento do Programa Turismo Inclusivo da Diretoria de Turismo (Ditur – Secult) e apresentação do guia turístico em braile.

Espaço Infantil

Sexta-feira (26)

12h30 – Projeto Caminhos da Leitura apresenta Boca de Cena, com apresentação do grupo História de Raiz sobre o rico legado dos poetas baianos Gregório de Mattos e Castro Alves, além de personagens marcantes do teatro infantil local.

Sábado (27)

12h – Contação de história com Denise Bela, com Poesia para Bebês, e lançamento do livro “Na Minha Creche eu sou assim” – escrito por um grupo de mulheres e que visa dar suporte aos profissionais que atuam no processo pedagógico da primeira infância e auxiliar famílias a lidarem com temas importantes nos primeiros seis anos de vida de suas crianças, trabalhando de forma lúdica, estimulando a leitura e a interação através dos poemas e prosas que contribuem para o próprio desenvolvimento.

Domingo (28)

12h30 – Apresentação Musical do Grupo Corrupio baseada na coleção “Eu Vim da Bahia Mirim”, que traz, de forma lúdica, uma homenagem a personagens baianos: Carlinhos Brown, Frans Krajcberg, Mãe Menininha do Gantois, Maria Quitéria e Myriam Fraga.

Segunda-feira (29)

16h30 – Mini Recital Maria Felipa, apresentado pelo grupo Bonde da Calu abordando a trajetória da heroína brasileira, a partir das contribuições para a Independência do Brasil e empoderamento feminino contadas através de poemas e canções de forma lúdica, criativa e transformadora.

Terça-feira (30)

13h – Palhaço Tiziu faz apresentação com brincadeiras e histórias animadas, baseada no livro “As Aventuras e Travessuras no 2 de Julho”.

Quarta-feira (1°)

12h – Biblioterapia com dinâmica de história e montagem de mosaico (colagem em papel ofício), alinhada com os temas transversais contemporâneos, com curadoria literária de Francineide Souza e Deborah Miranda.

Café Literário

Segunda-feira (29)

14h – Mesa ‘As Imagens das Letras’, com mediação de Felipe Rêgo e participação de Igor Souza, Hugo Canuto e Eris Beatriz.

Terça-feira (30)

14h – Roda de Conversa com autores selecionados no Selo João Ubaldo – Ano IV.

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