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POLÍCIA

Professora da Ufba ameaçada de morte presta queixa na PF

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Inquérito será aberto para investigar as agressões e identificar os autores do crime

A situação da professora ameaçada de morte por conta de uma pesquisa na Universidade Federal da Bahia (Ufba) virou caso de polícia. A vítima procurou a superintendência da Polícia Federal em Salvador, na tarde desta quinta-feira (23), e prestou queixa sobre os ataques. Um dos investigadores da PF confirmou o registro e disse que o boletim de ocorrência será encaminhado para o setor jurídico da instituição.

Caso seja comprovado que as ameaças sofridas pela docente foram em função do cargo de servidora, um inquérito será aberto pela PF para investigar as agressões e identificar os autores do crime.

O artigo 147 do Código Penal estabelece que ameaçar alguém através de palavras, forma escrita ou em gestos é considerado crime contra a liberdade, punido com detenção, de um a seis meses, ou multa. No caso de a ação se dar pela internet, é importante fazer um print da ameaça com a URL, e guardar o dia e horário em que o fato aconteceu.

Segurança no campus de São Lázaro precisou ser reforçada (Foto: Evandro Veiga/ CORREIO)

Ataques
Tudo começou com um pedido de entrevista. Não é nada incomum na rotina das pesquisadoras do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim), da Ufba, que frequentemente são requisitadas pela imprensa. Vez ou outra, na condição de especialistas em temas como gênero e sexualidade, são convidadas a participar de reportagens.

Mas, ao participar de um programa de televisão em outubro deste ano, uma professora do grupo não imaginava que sua rotina fosse mudar – e não de uma forma positiva. Feminista e pesquisadora de gênero, ela despertou a ira de grupos conservadores e radicais depois que apareceu na tela.

Passou, então, a receber mensagens de ódio e a ser ameaçada de morte pelo teor de sua pesquisa – a divisão sexual do trabalho. Na semana passada, deu aulas com segurança reforçada no campus de São Lázaro, na Federação, onde leciona. A também professora Maíra Kubík Mano, uma das 15 pesquisadoras do Neim, grupo do qual a vítima faz parte, contou que as agressões começaram pela internet.

“Há mais de um mês essas ameaças foram feitas. Começaram via rede social e, nos últimos dez dias, a universidade foi notificada dessas ameaças. A professora Maria Hilda Baqueiro Paraíso, diretora da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, propôs uma nota ao Consuni (Conselho Universitário), e isso veio a público”, explicou.

Desde aquela época, a vítima entrou no radar de portais religiosos conservadores. Expressões como “propaganda ideológica” surgiram em meio a dezenas de ofensas. Em seguida, as redes sociais da pesquisadora começaram a ser atacadas diretamente. Para completar, a profissional foi exposta em fóruns de discussão, onde recebeu mais ataques.

A decisão de procurar a Polícia Federal foi tomada pela professora e outros pesquisadores durante reunião com a Coordenação de Gestão de Segurança da Ufba (Coseg), nesta quinta.

O CORREIO não conseguiu contato com o Coseg até a publicação desta reportagem. Procurado, o Ministério Público Federal (MPF) informou que ainda não há nenhum inquérito em andamento sobre o caso.

Manifestação em apoio aos pesquisadores ameaçados (Foto: Evandro Veiga/ CORREIO)

Outros casos
Pelo menos outros três casos de perseguição a pesquisadores foram registrados na Ufba. Outros dois professores e uma aluna do mestrado, que defendeu uma dissertação sobre gênero e sexualidade na educação infantil, também viraram alvos de ameaças.

Em uma postagem em sua página pessoal no Facebook, a mestranda explicou que informou sobre as agressões ao orientador da pesquisa, que tomou as providências junto ao programa de mestrado, “para que tudo ocorresse com tranquilidade”, disse. Funcionou – mesmo com tanta intimidação, os agressores não apareceram na data da apresentação, que aconteceu no início deste mês, no campus de Ondina.

Mas, mesmo após a defesa, as ameaças continuaram. Segundo ela, eram tanto pessoais quanto para atividades na Ufba, mas, até então, nenhuma se concretizou.

“A ameaça por si só é uma violência, como se não bastasse a ansiedade pelo rito de passagem, passei 5 dias sem dormir pensando no que poderia acontecer caso fossem cumprir suas promessas. Pensando se era seguro levar minha filha e meu filho na minha apresentação”, escreveu.

Através da assessoria, o reitor da Ufba, João Carlos Salles, manteve o posicionamento da carta divulgada pelo Consuni na segunda (20), na qual repudiou os ataques. Na quarta (22), professores e estudantes se reuniram no campus da Federação e fizeram um ato em apoio aos pesquisadores ameaçados.

Fonte: Correio

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Com 10 mil atendimentos em um ano, Batalhão de Policiamento de Proteção à Mulher ganha nova sede e reforça rede de enfrentamento

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Criado em maio do ano passado pelo governador Jerônimo Rodrigues para reforçar a atuação da Operação Ronda Maria da Penha, o Batalhão de Policiamento de Proteção à Mulher (BPPM) ganhou uma nova sede nesta quinta-feira (16), em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A cerimônia de inauguração contou com a presença do comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, da secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Elisângela Araújo, e da comandante do BPPM, a tenente-coronel Roseli de Santana Ramos, primeira policial militar da história da corporação a comandar um batalhão.

“Essa é uma das metas do governo Jerônimo ao criar o Batalhão, e hoje temos a grata satisfação, completando um ano, de inaugurar sua sede. Tenho certeza de que isso irá se estender a todos os rincões do estado, porque aqui passa a ser um pólo doutrinário, como foi em 2023 e, agora em 2024, essa extensão será maior ainda, levando proteção às mulheres, à vulnerabilidade do gênero feminino, orientando e fazendo com que, cada vez mais, essa segurança chegue na ponta”, explicou Coutinho.

Com o objetivo de salvaguardar a vida de mulheres que possuem medidas protetivas de urgência expedidas pela Justiça e encaminhadas pelas Varas de Violência Doméstica e Familiar, o BPPM já realizou quase dez mil atendimentos desde a sua criação e, atualmente, assiste a 2.600 mulheres. A unidade conta com um efetivo de 70 policiais militares que atuam na capital baiana e RMS.

“Como está crescendo de forma muito elevada o número de feminicídios e de violência doméstica em todo o país, a criação de uma unidade que ajudará a proteger e enfrentar a violência doméstica na Bahia é de extrema importância, assim como as 22 Rondas Maria da Penha que estão espalhadas pelo estado”, afirmou a tenente-coronel Roseli.

Ainda de acordo com a comandante do Batalhão, que funcionava na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), no bairro de Periperi, na capital baiana, a unidade atua com o pós-medida protetiva de urgência. “No acompanhamento do cumprimento dessas medidas protetivas pelo agressor, pelo causador da violência doméstica, esse é o nosso enfrentamento, encaminhando os relatos para varas especializadas, para que, diante dessas informações, elas possam trabalhar a prisão preventiva ou imediata do agressor quando ele descumpra qualquer uma das medidas descritas”, explicou a comandante.

Para a secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, a criação do BPPM foi uma ação inovadora ao unificar todas as iniciativas dentro do sistema de segurança do Estado na proteção, enfrentamento e combate a todo tipo de violência contra as mulheres. “Estamos celebrando essa política pública, essa iniciativa e esse equipamento tão importante. Isso só reforça as nossas ações para que, de fato, possamos reduzir, cada vez mais, os índices de violência, principalmente de feminicídios, que ainda vem acontecendo com muita intensidade em nosso estado”, afirmou Elisângela.

As mulheres que decidem romper o ciclo da violência ou estão em uma situação de urgência e emergência devem ligar para o 190 ou ir até uma delegacia para prestar queixa. Na unidade, elas podem solicitar medida protetiva.

Repórter: David Mendes/GOVBA

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Bahia registra redução de 8,7% em mortes violentas e 25 fuzis são apreendidos desde janeiro

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A Bahia registrou uma redução de 8,7% no índice de mortes violentas (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte) entre janeiro e maio de 2024, quando comparado ao mesmo período de 2023. O índice foi apresentado nesta quarta-feira (15), durante coletiva realizada pela Secretaria da Segurança Pública, no Centro Administrativo, em Salvador.

O secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, frisou que as forças policiais e do Corpo de Bombeiros atuam de forma incessante para garantir maior proteção para os baianos. “Ampliamos os investimentos em tecnologia e realizamos ações baseadas na inteligência com total integração, a fim de combater o crime organizado, garantindo a preservação de vidas – nosso maior patrimônio”, explicou o gestor.

De janeiro a maio deste ano, foram registrados pela Polícia Civil 1.746 casos, contra 1.912 ocorrências nos primeiros meses de 2023. Em números absolutos, 166 vidas foram preservadas.

A redução do número de prisões foi de 4% em relação a 2023, com 6.141 pessoas presas – 37 delas lideranças de facções criminosas. De acordo com a SSP, das pessoas presas 320 eram foragidas da justiça e foram localizadas por câmeras de reconhecimento facial.

O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), Paulo Coutinho, atribui os resultados à coragem e ao compromisso dos policiais militares com a segurança da população baiana. “Eu destaco, sobretudo, a coragem da nossa tropa, o devotamento, o compromisso com a sociedade no sentido de dia a dia. Vamos, cada dia mais, retirar armas de circulação, principalmente as ilegais, que têm trazido morte e sangue para o nosso estado”, enfatizou.

As forças de segurança já apreenderam, desde janeiro, 25 fuzis e 2.169 armas. O titular da Segurança Pública, Marcelo Werner, disse, ainda, que o trabalho integrado, não só com as forças de segurança da Bahia, mas, também, com a Polícia Federal tem ampliado as investigações para identificação das rotas de tráficos de armas no estado.

“Ano passado, a Polícia Federal fez uma operação chamada Dakovo, que identificou rotas [de armas] que vinham do leste europeu, chegavam ao Paraguai e, a partir do Paraguai, chegavam ao sudeste e nordeste. É lógico que nós temos outras investigações em andamento. Essas investigações, inclusive, foram responsáveis para que a gente pudesse alcançar 55 fuzis apreendidos em 2023”, detalhou o secretário de Estado.

Heloísa Brito, delegada-geral da Polícia Civil, reforçou: “estamos trabalhando muito na questão do bloqueio dos recursos, porque o armamento continua entrando. Nessa ação conjunta, não só com a Polícia Civil, Polícia Militar, mas, também, com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, estamos impedindo e dificultando a entrada no nosso estado tanto de drogas quanto de armas”.

A Segurança Pública também apresentou redução de 14,6% nos roubos de veículos, 10,5% no número de furtos de veículos; 27,1% nos roubos de ônibus e 85,7% em roubo a bancos.

Fonte: Ascom/SSP-BA, com informações da repórter Milena Fahel/GOVBA

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Governo do Estado paga R$ 39 milhões para 21 mil policiais por redução de mortes violentas

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O Prêmio por Desempenho Policial (PDP) corresponde à diminuição das mortes violentas no 2° semestre de 2023

O Governo do Estado concede nesta terça-feira (14), cerca de R$ 39 milhões, através do Prêmio por Desempenho Policial (PDP), para policiais militares, civis e peritos que reduziram em 6% as mortes violentas na Bahia, no 2° semestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No total, 21.145 servidores das Forças da Segurança receberão o PDP. Destes, 17.232 são PMs, 2.488 integram a Polícia Civil, 862 atuam no Departamento de Polícia Técnica e 563 na estrutura da Secretaria da Segurança Pública.

Dentre as 52 Áreas Integradas da Segurança Pública (Aisp), 27 apresentaram redução das mortes violentas (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte).

“Fechamos 2023 com diminuição de 6% das mortes violentas, índice estipulado pelo PDP. Este ano, o trabalho segue intensificado e estamos com queda de 9%. Seguiremos com foco na preservação da vida”, enfatizou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.

Fonte: Ascom/SSP

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