DESTAQUE
DRA HELENA POSENER – MULHER EM DESTAQUE SEMPRE
Nesse dia 08 de março você vai conhecer, aqui na Coluna Mulher em Destaque, um pouco da historia de uma das mulheres mais impactantes do município de Lauro de Freitas, a Dra. HELENA POSENER conhecida como a advogada das mulheres e presidenta da RENAM – REDE NACIONAL DE APOIO AS MULHERES.
Confira a entrevista, que é uma autobiografia, um raio x da expressiva mulher que é HELENA POSENER:
Nasci em 12 de janeiro e estou quarentando, melhor fase da vida de uma mulher, me sinto plena e cada vez mais realizada. Estou me achando mais bela a cada dia, neste momento resolvi construir um caso de amor comigo mesma, e nenhuma circunstância, problema, ou adversidade vai destruir este romance.
Sou baiana, soteropolitana de nascença e Laurofreitesence de Coração, há 20 anos. Filha de Ervald Posener e Irene Nunes dos Santos, casada uma única vez em uma união de 26 anos, com 02 filhas, Vanessa e Carla, e mãe de Arthur com 2 meses.
Sempre fui muito precoce comecei a tomar conta dos meus irmãos, aos 5 anos de idade.
Quando pequena, eu era uma heroina nós meus desenhos, na época me identificava com a Mulher Maravilha, quase todos os dias eu girava ao vento para ver se me transformava naquela imagem de mulher empodeirada. Sou a filha mais velha de 07 irmãos, infância muito pobre, mas feliz.
Sou formada em Direito , teologia, teatro, edificações, psicanálise. Hoje sou advogada, Presidenta da Rnam, palestrante, professora, escritora, apresentadora de tv, poetiza e ativista feminista
Acordo as 05h da manhã, me conecto com Deus, me atualizo sobre as leis, especialmente as inovações envolvendo diretos das mulheres, gêneros e minorias, e enfrentamento a violência contra a mulher. Sigo para academia, escritório, audiências, reuniões, eventos sociais envolvendo causas da mulher e gênero. Realizo atendimento social gratuito 01 a 02 vezes por semana!, dependendo da necessidade da RENAM.
Realizo as palestras em média por 02 a 03 vezes na semana, cursos e atualizações na área jurídica, ao menos 01 vez por mês. Gravações para TVs e Redes Sociais, participação em encontros religiosos, reuniões da RENAM a cada 15 dias, 01 vez por mês tenho as viagens para encontrar minhas filhas, que moram em outro Estado. E 03 vezes ao ano viajo ao exterior, para trabalhar na minha tese de doutorado e palestrar para mulheres em outros países, especialmente da América latina.
Escrevo um pouco, diariamente, sobre a violência contra mulher, machismo, feminismo, e masculinidade tóxica.
Eu desejo que toda Mulher, ame a Deus sobre todas as coisas, depois a ela mesma e ao próximo como a si mesma. Que temhamos um arrebatador caso de amor conosco, nunca esqueçamos de que temos o poder de escolha. Devemos nos livrar das relações tóxicas.
“Mulher ame o ser humano com amor ágape e empatia”
Queridas lembrem-se sempre, de que nós, não somos rivais.
Há um mundo inteiro de coisas que buscam nos oprimir e, é especialmente com a união, com amor, fé, e resistência que podemos vencer esses males.
Nós queremos viver igualdade, sem amarras, nem pressões, sem a violência e a opressão que o sistema machista ainda nos impõe.
Mulheres e Homens devem possuir os mesmos direitos e os mesmos deveres. Precisamos da mudança mas, a principal mudança deve primeiro vir da nossa decisão. Precisamos de mais igualdade entre todas as pessoas, de menos violência e opressão. Mais irmandade, respeito e fraternidade entre as pessoas, entre os coletivos.
Ser feminista é reconhecer nosso direito de liberdade. A liberdade sobre os nossos corpos, liberdade sobre nossas atitudes, liberdade sobre nossas vidas. A verdadeira liberdade só se alcança com igualdade. É por isso que eu sou feminista. É por isso que luto!
O feminismo é seu, é meu, é de todas nós. Cada injustiça e cada opressão podem ser derrotadas frente à nossa força. A estrada é longa e o trabalho é duro, mas nós podemos vencer. Um passo de cada vez e, chegaremos mais perto da igualdade. Somos mulhueres e a nossa voz foi feita para ser ouvida, nossos corpos para serem respeitados, nosso lugar no mundo é onde desejarmos ocupar.
Diferentes, mas unidas. As nossas diferenças não têm o poder de nos afastar, se tivermos a capacidade de respeitá-las. Se reconhecermos nossos privilégios frente às outras e compreendermos que existem lutas que não são nossas, mas que ainda assim podemos apoiar nossas irmãs.
Atentemte-se aos seus privilégios, principalmente enquanto lutam contra as injustiças que lhes cercam.
Na REDE NACIONAL DE APOIO AS MULHERES, onde estou presidenta,
atuamos em conjunto ou separadamente, com o apoio do poder público e com a sociedade, intermediando, para o fim de garantir as mulheres, sem distinção alguma, a igualdade de direitos, através de mecanismos de defesa buscando a promoção, implantação e implementação de politicas públicas e ações para construção e reconstrução social de uma nova mulher, com direito a uma vida plena, com liberdade e segurança pessoal.
Igualdade nos seus direitos, sem quaisquer discriminação, promovendo a saúde, proteção e privacidade, bem como, ajudando ao acesso de benefícios do progresso científico, a liberdade de reunião e a participação politica, e conscientizando do valor do
seu voto, de acordo com sua ideologia, sem qualquer interferência, e ainda promovendo frente, na atuação do combate a torturas, maus tratos e todo tipo de violência contra a mulher.
“A politica no nosso país esta corrompida, o Estado corrupto é resultado de um povo corrompido”.
“A corrupção existe porque o povo não é independente, vive de favores dos corruptos, especialmente envolvendo os políticos”.
É hipócrita quem critica a corrupção genérica e se esbalda na corrupção cotidiana.
Não podemos esquecer da nossa responsabilidade na democracia, pois amanhã, nossos filhos, noss(a)s neto(a)s podem ser os governantes, e lembrarem da advertência do grande Barão de Montesquieu, que ressaltou que “a corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios”.
O mundo necessita praticar indiscutivelmente a honestidade, erguendo a bandeira da cultura e da educação.
E para que este cenário caminhe pelos caminhos da honestidade e da democracia, urge o clamor da necessidade da inclusão das mulheres nos espaços de poder, de forma igualitária, onde se respeitem as leis, os direitos e as garantias fundamentais e a dignidade a pessoa humana, isentos de acordos políticos para liberações de secretarias e ministérios a representante de partidos políticos, que não priorizam a contratação de pessoas técnicas e comprometidas com seus cargos e funções.
A exemplo da Secretaria da mulher e de igualdade racial, obrigatoriamente todo seu quadro de servidor deveria ser técnico, para de fato haver avanços e resultados.
O grande problema é que em algumas situações, as secretarias são moedas de trocas, de acordos políticos que fragilizam a sociedade, deixando o sistema ainda mais vulnerável.
As mulheres na atualidade conquistaram muitos direitos, o direito ao voto, foram chefes de governo nos cinco continentes, muitas mulheres contempladas em categorias de prêmios Nobel e viajaram até ao espaço. O papel das mulheres na sociedade atualmente tem se reformulado, conquistando o seu próprio lugar na sociedade atual, sem contudo, garantir o respeito, a gratificação, as premiações que muitos homens alcançam.
No que tange ao campo das religiões mundiais, as mulheres continuam a ter papéis secundários, sendo muitas vezes marginalizadas ou mesmo oprimidas pela pressão social. Em várias religiões, existem mulheres que estão impedidas de acessar o cargo maior de direção e comando dos cultos, outras não podem rezar ou mesmo entrar em locais de devoção ao lado dos homens.
Mesmo diante de todo esse cenário confirmado pelo Instituto Europeu de Igualdade de Gênero, as mulheres, são as que mais participam em serviços religiosos. Há a necessidade de mulheres estarem mais em lugares de decisão na Igreja, acessando ao ministério ordenado.
Relações sexuais e papéis de gênero no seio da Igreja têm sido objeto de debate e controvérsia nas instituições. A influência cultural da Igreja tem sido larga, particularmente na sociedade ocidental.
De acordo com a teologia cristã, tanto homens como mulheres são criados à imagem de Deus, o que implica que nenhum é inferior ao outro e têm igual dignidade.
No tocante a vida religiosa, as mulheres têm um papel importante na educação familiar, atuando na orientação espiritual, ensino de teologia, ação social. A religião é um importante instrumento de transformação social para construção de uma sociedade mais igualitária.
É por isso que a minha fé , a minha gratidão, esperança, confiança e certeza da vitória e, do êxito da nossa luta esta nas promessas de Deus.
Creio que nunca alcançaremos o sucesso pleno porque devemos esta sempre em busca de constantes transformações, e ser melhor do que ontem SEMPRE. Acrefito que devamos continuamente construir e reconstruir o conhecimento, pois dele, advém o poder da transformação pessoal e social
O papel de mãe, por exemplo, é de fundamental importância para toda sociedade. Ser mãe é ter a essência do amor ágape e da gratidão a Deus por nós conceder a benção da maternidade.
Minhas filhas são presentes de Deus, muito mais preparadas e evoluídas que eu, claro, as oportunidades e muitos privilégios diferentes dos meus contribuiram para o desenvolvimento pleno de cada uma delas.
Por certo, o resultado da criação e do êxito como pessoas, onde os princípios éticos, morais, legais e espirituais, e a herança da educação religiosa, implantada na infância, onde aprenderam a ler, iniciando com a bíblia e os livros de Augusto Cury contribuiram para esse sucesso. Hoje percebo a diferença e a realização pessoal e êxito na vida e carreira profissional delas, justamente pela forte influencia da espiritualidade.
O meu programa de TV, Direito em Foco fala dos direitos das mulheres e gênero. A nossa constituição diz que a ninguém é dado direito de desconhecer a lei, mas a sociedade fica desamparada na sua essência e dignidade em função da falta de conhecimento, e por isso, nasceu este projeto do programa de TV para levar conhecimento das leis e direitos que envolvem as pautas feministas, de gêneros e igualdade de direitos para todo(a)s.
A mulher na sociedade atual exerce cada vez mais um papel de protagonista, embora ainda sofra com as heranças históricas do patriarcado.
Com as lutas promovidas, a mulher vem conseguindo aumentar o seu espaço nas estruturas sociais, assumindo postos de trabalho, cargos importantes em empresas e estruturas hierárquicas menos submissas.
A mulher acumula tanto as funções trabalhistas quanto as domésticas e até as maternas. Muitas vezes, sobrecarregada, o que se configura uma desigualdade de gênero.
O número de mulheres ocupando cargos de nível superior nas empresas ainda é menor do que os de homens. Alem disso, o salário da mulher ainda é proporcionalmente menor do que os dos homens na sociedade atual.
É por essa desigualdade, ainda latente, fruto de um passado que deixou marcas na atualidade – em que a mulher era vista apenas para a reprodução e como um complemento do homem – que surge a necessidade de lutar pelos direitos femininos.
Não por acaso, a influência do feminismo tem crescido na sociedade, apesar do fato de muitas pessoas carregarem mitos sobre esse movimento, tal como pensar que feminismo é o contrário de machismo, ou que as mulheres feministas lutam contra os homens, entre outros erros.
A luta feminista é pela igualdade entre mulheres e homens na sociedade, é contra o machismo e o patriarcalismo, lutando pela liberdade individual, tanto é que homens também podem atuar a favor do feminismo, embora as lideranças devam ser obviamente compostas por mulheres.
Um outro grave problema vividos pelas mulheres na sociedade é a questão da violência.
Embora leis específicas (tais como a “Lei Maria da Penha”) e as Delegacias da Mulher tenham sido criadas no Brasil, ainda são numerosos os casos de agressões no ambiente domiciliar, assédio, estupro, assassinatos e outros.
As “regras” e posturas morais que privam os direitos e a liberdade individual. Enfim, existem muitos desafios a serem enfrentados.
É preciso, pois, combater a cultura machista na sociedade (e isso não significa “combater os homens”!) agir com femismo contra os homens.
Urge a Necessidade de melhorar o acesso das mulheres a postos de trabalho e cargos elegíveis, promover melhores salários, efetivar o direito da mulher sobre o seu próprio corpo e sobre a sua liberdade individual, além de efetivar a proteção de mulheres ameaçadas em seu cotidiano.
Os desafios são grandes, mas quanto menor for a resistência das pessoas no sentido de questionar ou combater as pautas femininas, mais ampla e melhor será a efetivação de uma sociedade mais igualitária. É uma missão de responsabilidade de toda a sociedade, tanto pelas mulheres quanto pelos homens, crianças , jovens e idosos, todos unidos reconstruindo, a partir da base, uma nova educação feminista baseada no direito de igualdade e equidade sem distinção qualquer.
Por Helena Posener….
Veja a entrevista na integra com Dra Helena Posener: