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POLÍTICA

No Brasil, mulher vota em mulher?

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As mais representativas figuras femininas do mundo costumam ser mulheres com envolvimento nas esferas políticas e sociais. O que dizer de Michele Obama? Oprah Winfrey? Hillary Clinton? Dilma Rousseff? Marta Suplicy? Marina Silva? Tia Eron? Moema Gramacho?

Mas, com tantos exemplos o Brasil é um dos países com o menor número de mulheres na política. A pergunta é porque?

Vamos pensar em representações literárias como Lia Luft, Conceição Evaristo e Clarice Lispector, o Brasil tem inúmeras mulheres que expressão seus pensamentos e refletem a formação social, econômica e cultural de sua época, todavia, na hora de votar a figura masculina, ainda tem um simbolismo mais representativo no universo do eleitor masculino, feminino, do jovem e do mais experiente

A mulher como figura pública na política é um elemento estranho no contexto para muitos. A mulher surge por uma obrigação legal de cumprir o percentual de mulheres que o partido precisa legalizar junto ao TRE, ou como a figura escolhida por um grupo masculino, religioso ou meramente político.

A representação feminina nas comunidades e nas esferas periféricas do poder político é com absoluta certeza de grande impacto no cotidiano das comunidades, todavia, a busca por direito a receber a confiança do eleitor perpassa, pela validação de grupos masculinos que dominam a política no Brasil, e por vezes, dominam conglomerados religiosos em todo território nacional.

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Há muito a se refletir no sentido de validar a figura feminina como representação política, mesmo vindo de uma história política de nomes como a princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea, o Brasil percebe a mulher com muita lentidão ideológica e política, aja vista a retirada da presidente Dilma Rousseff do seu mandato.

A discriminação de gênero é tão relevante na escalada do poder político no Brasil, quanto o direito ao voto adquirido pelas mulheres a partir de 1932 após intensa e longa luta.

A questão é que nas urnas as mulheres precisam do voto de confiança do eleitor. Quando isso acontecer, muitas questões ligadas ao universo feminino poderão ser minimizadas e até mesmo, solucionadas. Afinal, está no lugar de minoria assegura uma visão mais próxima da realidade desses grupos e a mulher precisa não só de representatividade como de soluções para vida em sociedade.

As eleições de 2018 é uma oportunidade para o eleitor acreditar mais nas mulheres!

Texto: Patrícia Lane

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