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Rebelião deixa nove mortos e 14 feridos em presídio de Goiás

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Ao menos nove presos foram mortos e 14 ficaram feridos durante uma rebelião, na tarde desta segunda-feira (1º), na colônia agroindustrial do regime semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital. Pelo menos duas das vítimas foram decapitadas.

Outros 106 presos fugiram. Desse total, 29 foram recapturados pelas forças de segurança e outros 77 continuavam foragidos. Além deles, mais 127 saíram da unidade quando o motim ainda acontecia, mas retornaram ao local após o término do conflito.

As informações de mortos, feridos e fugas são da Seap (Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás). O conflito, que foi controlado no final desta tarde, ocorreu após presos de uma ala invadirem outro pavilhão da colônia e iniciarem uma troca de tiros e colocarem fogo em colchões.

De acordo com agentes prisionais ouvidos pela reportagem, presos de uma ala tinham rixa antiga com os de outro pavilhão por causa de comando de crimes.

Vísceras de um dos presos foram retiradas do corpo dele e penduradas no arame no alto do muro da unidade. Telhados foram destruídos durante a rebelião, conforme mostram imagens cedidas por agentes prisionais. Segundo a Seap, há queimados entre mortos e feridos. Presos foram assassinados a tiros e depois alguns deles morreram queimados também.

O Corpo de Bombeiros enviou cinco equipes para combater o incêndio e encaminhar os feridos ao Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa). Na unidade hospitalar, dois dos sobreviventes estão em estado de saúde grave. Um deles, de 51 anos, está entubado e sedado por ter sofrido queimaduras e sido intoxicado pela fumaça do incêndio. O outro, de 30, está com uma bala alojada no ombro esquerdo e vai ser submetido a uma tomografia.

Ainda de acordo com o Huapa, a maioria dos feridos que foi encaminhada à unidade apresenta estado de saúde regular. Eles sofreram cortes, fraturas e lesões no corpo.

Equipes do Gope (Grupo de Operações Penitenciárias Especiais) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar retomaram o controle da unidade no final da tarde desta segunda.

O Graer (Grupo de Radiopatrulha Aérea) também foi chamado para reforçar a segurança. No entanto, agentes prisionais contam que disparos de arma de fogo foram dados do helicóptero do Graer em direção à unidade.

Desespero, aflição e choro tomaram conta dos familiares de presos. Eles correram para a colônia agroindustrial do semiaberto assim que ficaram sabendo da rebelião. Alguns ainda estão desesperados por informações de seus parentes.

A reportagem tentou ouvir o secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Balestreri, e o superintendente executivo de Administração Penitenciária, Newton Nery Castilho, mas não obteve resposta.

O presidente da Aspego (Associação dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de Goiás), Jorimar Bastos, diz que, durante a rebelião, a unidade tinha cinco agentes de plantão, número que foi reforçado por causa do final de ano. Segundo ele, normalmente, por plantão, apenas três agentes trabalham na segurança da unidade do regime semiaberto, que tem 900 presos. “É uma barbárie”, afirmou ele.

MASSACRES DE JANEIRO

A rebelião registrada no presídio de Goiás no primeiro dia de 2018 aconteceu exatamente um ano após o conflito iniciado na penitenciária de Manaus e que se espalhou dias depois por unidades de Roraima e Rio Grande do Norte.

As três rebeliões de janeiro de 2017 deixaram mais de 120 detentos mortos. Na maioria dos casos, os conflitos foram iniciados por membros de facções rivais que pretendiam assumir o comando do crime de dentro das unidades.

De acordo com o delegado-geral do Amazonas, Frederico Mendes, o inquérito “comprovou que o massacre de Manaus foi causado pela rivalidade entre as facções criminosas FDN (Família do Norte) e PCC (Primeiro Comando da Capital)” em uma disputa pelo controle dos presídios da capital amazonense. A transferência de líderes da FDN para presídios federais no ano anterior também estimulou o massacre.

Em Roraima, o então secretário estadual de Justiça, Uziel Castro, disse que a matança registrada na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo foi uma retaliação do PCC contra os membros da facção mortos em Manaus. Na capital potiguar, a disputa pelo controle do tráfico de drogas entre as facções PCC e Sindicato do Crime gerou o conflito.

Os massacres também reascenderam o debate sobre a política de encarceramento do país, que já apresenta a terceira maior população de presos do mundo.

Seis meses após os conflitos, reportagem da Folha mostrou que os governos dos três Estados onde as rebeliões ocorreram pouco fizeram para tornar o sistema prisional mais eficiente.

Como medida emergencial, os Estados transferiram detentos, anunciaram a construção de novas penitenciárias e fizeram mutirões para revisar processos, mas nenhum conseguiu alcançar o “calcanhar de Aquiles” do problema: o número de presos provisórios –aqueles que ainda aguardam por um julgamento.

De lá para cá, apenas o Amazonas conseguiu reduzir a população de provisórios em quantidade significativa, segundo dados oficiais, por meio de mutirões do Judiciário que sentenciaram 63% dos processos.

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Governo do Estado paga R$ 39 milhões para 21 mil policiais por redução de mortes violentas

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O Prêmio por Desempenho Policial (PDP) corresponde à diminuição das mortes violentas no 2° semestre de 2023

O Governo do Estado concede nesta terça-feira (14), cerca de R$ 39 milhões, através do Prêmio por Desempenho Policial (PDP), para policiais militares, civis e peritos que reduziram em 6% as mortes violentas na Bahia, no 2° semestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No total, 21.145 servidores das Forças da Segurança receberão o PDP. Destes, 17.232 são PMs, 2.488 integram a Polícia Civil, 862 atuam no Departamento de Polícia Técnica e 563 na estrutura da Secretaria da Segurança Pública.

Dentre as 52 Áreas Integradas da Segurança Pública (Aisp), 27 apresentaram redução das mortes violentas (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte).

“Fechamos 2023 com diminuição de 6% das mortes violentas, índice estipulado pelo PDP. Este ano, o trabalho segue intensificado e estamos com queda de 9%. Seguiremos com foco na preservação da vida”, enfatizou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.

Fonte: Ascom/SSP

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Na Holanda, Jerônimo se junta a outros governadores do Nordeste em rodada de encontros com empresas especializadas em hidrogênio verde

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Empresas especializadas em equipamentos e consultoria para a indústria do hidrogênio verde estiveram entre os destinos do governador Jerônimo Rodrigues e outros colegas integrantes do Consórcio Nordeste durante a agenda desta terça-feira (14), na Europa.

Entre os expositores do World Hydrogen 2024, que acontece na cidade de Roterdã, na Holanda, o chefe do executivo baiano conheceu iniciativas europeias e conversou com representantes das companhias que já desenvolvem projetos ligados à produção de hidrogênio verde. “Essa é uma feira muito importante e estratégica. Diversas empresas já investem na Bahia. Então é o momento de aproximar e de atrair novos investimentos”, destacou o governador após circular pelos estandes do evento.

Na conversa com os empresários europeus, os governadores foram sinalizados sobre a alta demanda por hidrogênio verde que é projetada para os próximos anos, em todo o mundo. O movimento de transição energética deve acontecer com força também no ambiente industrial, no qual atuam as empresas apresentadas aos líderes dos estados do Nordeste.

Além do governador baiano, a governadora do Rio Grande do Norte e presidente do Consórcio Nordeste, Fátima Bezerra, Rafael Fonteles (PI), Elmano Freitas (CE), Fábio Mitidieri (SE) e o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão participaram da programação. A missão nordestina na Europa conta com a parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Potência energética

Os compromissos do grupo nordestino no evento foram encerrados com um painel, na área principal de exibições, que discutiu os horizontes do hidrogênio verde, desde o contexto atual no desenvolvimento de projetos até projeções futuras do cenário para produção dessa fonte de energia no Brasil.

Responsável pela fala de abertura do painel, representando os demais colegas governadores, Rafael Fonteles, do Piauí, expôs para o público o potencial de geração de energia dos estados nordestinos. A região tem projetos em desenvolvimento com capacidade de 82 gigawatts de eletrólise, o suficiente para produzir 12 milhões de toneladas de hidrogênio por ano. Com apenas 10% destes projetos se concretizados, a região já se colocaria numa posição de liderança global.

“Devido a essa abundância de geração e potencial de energia limpa e renovável, o Nordeste brasileiro também se destaca no mercado inovador de hidrogênio. Mas acreditamos que a região Nordeste do Brasil pode ir além e desempenhar um papel ainda mais significativo. Podemos desenvolver uma indústria inovadora e avançada de baixo carbono, com especial enfoque na indústria do hidrogênio verde, para satisfazer a procura global de produtos com utilização intensiva de energia”, disse o governador piauiense em seu discurso.

Instituições nacionais como a Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), a Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tiveram representantes entre os convidados do painel.

A comitiva baiana no World Hydrogen 2024 contou ainda com o diretor-presidente da Bahia Investe, Paulo Guimarães; o chefe de gabinete da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), André Ferraro; o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos e o diretor-geral do Senai Cimatec, Leone Andrade.

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Com parceria da Prefeitura de Lauro de Freitas e Cufa, Parque Shopping monta ponto de arrecadação para vítimas do Rio Grande do Sul

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Em solidariedade às vítimas das enchentes que atingem grande parte do estado do Rio Grande do Sul, a Prefeitura de Lauro de Freitas, o Parque Shopping Bahia e a Central Única das Favelas (Cufa) da Bahia montaram um ponto de arrecadação de doações. O ponto de arrecadação, que funciona das 10h às 22h, está localizado no Piso L2 do shopping, próximo às Lojas Americanas.

A população pode participar da ação doando itens essenciais para atender às necessidades imediatas das famílias afetadas. Estão sendo aceitos água potável, alimentos não perecíveis, roupas e cobertores em bom estado, produtos de limpeza, produtos de higiene e ração para pets. A iniciativa conta ainda com o apoio de voluntários do projeto “Essa Praia Também é Minha”, de projetos sociais e empresas locais.

Texto – Yandra Barros

Foto – Lucas Lins 

SUPCOM PMLF – Superintendência de Comunicação de Lauro de Freitas

www.laurodefreitas.ba.gov.br

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