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Embasa projeta ser autossuficiente em energia sustentável e usar economia para universalização do saneamento
Sendo uma das maiores consumidoras de energia elétrica no estado, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A (Embasa) lançou edital de chamada pública no último dia 26 de fevereiro para estruturação de projeto de autogeração de energia elétrica a partir de fontes renováveis eólicas, solares ou híbridas.
Inédito no setor de saneamento, a iniciativa pode gerar uma economia de até R$ 5 bilhões para a empresa, além de buscar a utilização de energias “limpas”. Passo importante, combina com o que o Sindae vem defendendo desde sempre, que é o fortalecimento das empresas públicas de saneamento.
Chamado de Programa de Autossuficiência Energética da Embasa, segundo informações, teve apoio integral do presidente Rogério Cedraz e do Governador Rui Costa, e já é um marco para o saneamento público.
De acordo com o Diretor Técnico de Planejamento, César Ramos, a partir da formulação deste projeto, que pretende na primeira etapa suprir energia suficiente para atender a 40% das necessidades da empresa, a Embasa poderá adquirir a usina de produção de energia “provavelmente eólica” por valores aproximados de R$500 milhões, sendo que o investimento “se paga” em quatro anos. A previsão da entrada em operação da primeira etapa do projeto é para o ano de 2023.
Para se ter uma ideia, a primeira fase poderá trazer uma economia para a Embasa em cerca de R$2 bilhões. Na segunda fase, prevista para entrar em operação em 2026, onde se espera ampliar a capacidade de produzir energia para 100% da necessidade da empresa, estima-se que com isso se tenha uma economia de cerca de cinco bilhões de reais.
Esses recursos, que ficarão disponíveis, adicionado a imunidade tributária recíproca em que goza as empresas que não distribuem dividendos a investidores privados, gerarão um excedente importante para potencializar os investimentos em saneamento básico na Bahia.